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28.9.08

Hawking diz que explicações da Ciência não deixam espaço para Deus

Hawking fez um prognóstico muito pessimista: "Será muito difícil evitar um desastre no planeta Terra nos próximos cem anos"

A origem do Universo – Expresso – 24.SET.2008


Falando hoje aos jornalistas na Universidade de Santiago de Compostela, na Galiza, Stephen Hawking salientou que as leis em que se baseia a Ciência para explicar a origem do Universo "não deixam muito espaço nem para os milagres nem para Deus".

Citado pela edição online do diário espanhol "El País", o professor de Física Teórica da Universidade de Cambridge disse que acreditava que o desenvolvimento da Ciência permitirá um dia "dar uma resposta definitiva sobre a origem do Universo".

Referindo-se às experiências que vão ser levadas a cabo no LHC - o gigantesco acelerador de partículas do CERN, em Genebra, que agora está parado devido a uma avaria - Stephen Hawking acha que "seria muito mais interessante" para a Ciência se o LHC não encontrasse o bosão de Higgs, a partícula elementar que falta descobrir para completar o actual modelo de explicação da matéria, da sua composição e origem.

Com efeito, se o Higgs não fosse encontrado, os cientistas chegariam à conclusão "que algo está mal e que precisam de voltar a pensar sobre o assunto", isto é, a ciência teria de encontrar um novo modelo-padrão para explicar a matéria.

Sobre o a evolução da espécie humana, Hawking defendeu que "o futuro a longo prazo da raça humana está no espaço" e fez um prognóstico muito pessimista: "Será muito difícil evitar um desastre no planeta Terra nos próximos cem anos".

26.9.08

Nota do dia na Rádio Hertz

Iniciei esta semana uma colaboração, que espero que regular com a Rádio Hertz (FM 98) e a convite desta.
A "Nota do Dia" de minha responsabilidae irá para o ar quinzenalmente, às Sextas-feiras, após o noticiário das 13h e das 19h. A próxima será na sexta-feira dia 10 de Outubro.
Nesta primeira emissão ouve sérios problemas de audição, mercê de uma deficiente gravação, pelo menos na edição das 13horas.

Nota do dia, 26 de Setembro de 2008

Boa tarde

O PS em Tomar é hoje notícia por três motivos distintos:
Em primeiro lugar porque ao contrário do que é noticiado [no Jornal "O Templário"], não há dois candidatos à Distrital , mas apenas o Goververnador Civil Paulo Fonseca é candidato. Isto num ano político em que haverão três eleições [Europeias, Legislativas e Autárquicas].

Em segundo lugar porque também ao contrário do que é noticiado, o Presidente do PS Tomar, Prof. Hugo Cristóvão nunca afirmou que o PS caminhava para uma derrota, mas isso sim, que por vontade de poucos, isso poderia acontecer.

No plenário de militantes realizado na passada Sexta-feira, o que se tornou evidente foi o completo isolamento dos que, no interior do PS, aonda insistem em defender os seus adversários. José Soares entrou sozinho, falou sozinho e sozinho meteu a violinha no saco à saída.

O que de mais importante aí se passou, além da constatação do eneorme trabalho realizado nestes 3 anos, foi a possibilidade de algumas das propostas do PS terem sido aceites pela Câmara Municipal e já estarem em execução, como sejam a criação da Zona Empresarial de vale dos Ovos, no futuro PDM; o abaixamento do IMI [de 0,5 para 0,4 nos prédios novos]; a entrega das AEC's [actividades de enriquecimento curricular para o 1ºCiclo] da Música a Associações do Concelho; Promoção do Convento de Cristo, por ocasião das 7 maravilhas de Portugal; participação e empenhamento da câmara de Tomar na Resitejo; novos prazos para alterações ao PDM; Passadeiras várias junto a Escolas do Concelho; Projectos de requalificação da EN110 da Cidade até à rotunda do IC9 e da cidade à rotunda do IC3.

Nota positiva é claramente o trabalho de auscultação sobre o PDM, que o PS está a realizar nas Freguesias e que continua hoje à noite em S.Pedro, amanhã à tarde na Associação da Linhaceira e no Domingo à tarde em Alviobeira e Valdonas.

22.9.08

Do descalabro às promessas não cumpridas...

A questão que todos os dias muitos dos Tomarenses se colocam é esta: será possível ultrapassarmos 15 anos de oportunidades perdidas, no nosso Concelho?

Desde 1994 que Tomar vive um ciclo negro de oportunidades perdidas, de equívocos e de frustrações diversas. Desde logo o descalabro da última Câmara gerida por Pedro Marques, conforme tive na altura oportunidade de escrever e de recentemente, de forma propositadamente polémica, relembrar: um descalabro de imagem no contexto regional desde logo.

Um descalabro de respeito entre o então presidente, vereadores, deputados municipais, jornalistas, empresários, investidores e cidadãos.
Um descalabro de meias verdades e meias mentiras, todos os dias repetidas e faladas, sem se perceber até hoje onde começava e acabava cada uma delas.
Um descalabro na fixação de empresas, de apoio à dinâmica cultural e desportiva, de afirmação regional.

Esta última Câmara PS terminou com o “despedimento por justa causa” do então presidente, fartos que estavam os socialistas e os munícipes, de aturar o seu estilo e forma de actuar, sem ouvir nada nem ninguém, sem dar conta e contas do que fazia, dizia fazer ou queria fazer.
Despedimento ainda por conta de um PDM mal amanhado, errado nos pressupostos e pelos dislates que prejudicaram nos anos seguintes milhares de cidadãos.

Seguiu-se uma esperança de algo novo, encarnado pela vitória do PSD/António Paiva, com a promessa entre outras de rápida e imediata revisão do PDM, até hoje.

Promessa de criação da marca templária e do parque temático, anunciado com pompa e circunstância e até hoje fechado na gaveta dos consultores espanhóis que Miguel Relvas à pressa engendrou.

Promessa de que a então “água mais cara do País” diziam, teria os dias contados, mas que o PSD aumentou para o dobro.

Promessa de criação do gabinete de apoio ao investidor e ao emigrante, capaz de relançar Tomar
na senda da fixação de empresas e criação de riqueza sem par, até hoje.

Promessa de ouvir e respeitar as opiniões contrárias ao invés do anterior presidente, logo quebrada pelo braço de ferro com o PSD, de onde acabaria por sair vitima António Fidalgo.

Promessa de investir mais nas Freguesias rurais, facilitando a vida aos seus residentes, prontamente destruída com o continuado encerramento de escolas e redução do apoio às associações

Promessa de tirar partido das oportunidades que sucessivos Governos criaram, como por exemplo o Polis, um rotundo falhanço no alcance que poderia ter.
Dele nos vai sobrar uma ponte, um parque desportivo renovado a preços da Suécia e vários muros de betão armado à vista sobre o rio e pouco mais.

Mas a cereja em cima do bolo destes 15 anos de malfada existência de pérfidos gestores públicos e maus gestores privados, é o contrato de concessão do estacionamento tarifado de Tomar à ParqueT durante 20 anos.

Este verdadeiro “crime público”, capaz de fazer revolver na tumba o nosso fundador, Mestre Gualdim-Paes, deveria dar lugar ao cabal apuramento de responsabilidades, como já por diversas vezes o PS propôs.

Simpático é ver o permanente assobiar para o lado do grupo político de Pedro Marques a esta questão: nunca, mas nunca se pode ir tentar apurar responsabilidades nesta Câmara, não vá o diabo tece-las.

Quem tem afinal medo da transparência? Quem teme pela investigação das circunstâncias em que diversos planos de ordenamento foram realizados, mantidos em stand-by e a conta gotas aprovados e resolvidos, durante estes últimos 15 anos?

Quanto custará a Tomar que nunca se investigue devidamente as circunstâncias que rodeiam o contrato do estacionamento?
Mais importante ainda: quanto custará a Tomar o seu cabal cumprimento?

Quanto custou a Tomar não criar um pavilhão desportivo com dimensão adequada e no local adequado?

Quanto custou a Tomar destruir o seu parque de campismo, sem alternativa em funcionamento?

Quanto custou abandonar à sua sorte o associativismo recreativo, cultural e desportivo?

Quanto custou a Tomar a ausência de uma política de fixação de empresas, para criar empregos e com isso todos podermos viver melhor?

Quanto custou a Tomar viver há mais de 20 anos de costas voltadas para o seu instituto politécnico?

Quantos anos terão todos os tomarenses que ter o seu desenvolvimento hipotecado por força dos erros, das omissões, das incompetências de uma classe política cega, surda e muda perante os desafios do mundo moderno?

Evoluíram ou não de forma visível nestes últimos 15 anos, as cidades do entroncamento, abrantes, torres novas, ourém, cartaxo, almeirim, e rio maior? Criaram Empregos e riqueza e nós não! Porquê?

Mas estas sucessivas levas de responsáveis políticos que durante 15 anos nos governaram, querem enganar quem?

É ou não necessário romper de forma firme e determinada com este ciclo de oportunidades perdidas?

É ou não necessário voltar a acreditar na terra onde nascemos, onde crescemos ou na qual decidimos viver?

Há ou não solução para Tomar?
Eu acredito que sim, lutando todos os dias para ajudar a construir essa solução.
E você está disposto incomodar-se e ajudar também?
Por si, pelos seus filhos e pelos seus netos, não deixe que lhe atirem mais areia para os olhos!

13.9.08

Comentários possiveis

Este espaço agora é livre para se fazerem comentários.

[Pois parece que os comentadores gostam mesmo é de ser anónimos.
Felizmente que cada vez mais pessoas percebem a importência da net como forma de avaliar a capacidade, frontalidade e verticalidade dos homens públicos.
Este novo paradigma, que já não é novo diga-se em abono da verdade, veio para ficar.
Da minha parte garanto que todos os comentários (moderados é claro) que venham a ser submetidos, mesmo que contrários à minha opinião, serão publicados, desde que dentro de determinados limites de linguagem.
Claro está que muito continuarão no anonimato a tentar difamar tudo e todos.
São estilos, alavancados na cobardia típica dos fracos.
E sobre eles, todos sabemos, que não reza a história.] 21/9; 23/9

12.9.08

PRESIDENTE DE CÂMARA - HOMEM DE NEGÓCIOS

Jornal "O Cidade de Tomar", 28/Abril/1995, Pg.9

Por Carlos Carrão

[PEDRO MARQUES, PRESIDENTE DE CÂMARA - HOMEM DE NEGÓCIOS

Ficará para a história, a célebre frase do actual presidente da Câmara Municipal de Tomar, Pedro Marques, na sessão da Assembleia Municipal [de 24 de Fevereiro de 1995] quando, face às críticas que lhe têm sido dirigidas pela comunicação social, afirmou: "têm inveja é que eu faça bons negócios".

Pela minha parte, não tenho qualquer inveja, pelo contrário, aprecio as pessoas que fazem bons negócios, é sinal de que têm capacidade para os fazerem.

Lamento, isso sim, é que esses "bons negócios" sejam apenas pessoais, enão tenha havido a mesma capacidade para os fazer em benefício do Concelho: como a captação de novas indústrias, a instalação de novas infra-estruturas culturais, desportivas e turísticas, etc.

E, por isso, ignoro, como sempre ignorei, os seus negócios pessoais. Não posso é, como cidadão tomarense, demitir-me, hoje, de criticar a sua desastrosa gestão autárquica, em especial neste 2º mandato. Essencialmente, porque os seus efeitos mais negativos se irão fazer sentir apenas daqui a alguns anos. Mas, nessa altura, não há nada a fazer...

Há uma outra questão de fundo subjacente a toda esta polémica do "presidente de câmara - homem de negócios", e que é pertinente termos presente. É que, o exercício de um cargo político (autárquico, ou a qualquer outro nível), não pode ser visto primacialmente como uma fonte de rendimento pessoal, ou de aquisição de riqueza.

A política, deve ser, acima de tudo, um serviço público, em que a actuação dos titulares dos diversos cargos deve ser movida apenas e só pela sua capacidade e talento a favor da comunidade. Tem a ver, portanto, apenas com a ética individual que se tem ou não. E, não vale a pena virem argumentar com os inconvenientes e sacrifícios de "estar" na política a tempo inteiro. porque só vai para a política quem quer...]


UM COMENTÁRIO:

Carlos Carrão(PSD) lá sabe do que escreve. Acha ele e penso eu também, que a Política deve ser um serviço público. "Que tem a haver com ÉTICA INDIVIDUAL QUE SE TEM OU NÃO".

Quando alguém , que exercia na altura as funções de Presidente de Câmara e é hoje novamente Vereador na Câmara Municipal, afirma em plena Assembleia Municipal (de 24/2/1995) que "TÊM É INVEJA QUE EU FAÇA BONS NEGÓCIOS", perante critícas de adversários, está a dizer o quê?

Para bom entendedor ESTA PALAVRA BASTA.`
E é bom de se ver que pela boca morre o paixe.

De qualquer forma também não deixa de ser interessante confrontar Carlos Carrão(PSD) com aquele mimo jornalística de "como a captação de novas indústrias, a instalação de novas infra-estruturas culturais, desportivas e turísticas, etc" que ele, enquanto Vereador e o seu maioritário PSD nestes últimos 10 anos, foram incapazes de cumprir.

Depois admiram-se de o PS, cada vez mais, afirmar que é TEMPO DE ULTRAPASSAR ESTES ÚLTIMOS 15 ANOS DE MÁ MEMÓRIA PARA TODOS!

Isto meus amigos é que é Ética Republicana: Verdade, Justeza e Frontalidade!

9.9.08

TOMAR ESTÁ HÁ QUINZE ANOS À DERIVA - III

Anterior opinião que escrevi sobre a deriva que leva Tomar nestes últimos quinze anos de gestão PSD e de Pedro Marques, mereceu da parte deste último uma resposta pública onde me ameaçou com queixa judicial por difamação, a exemplo do seu conhecido “bom feitio” para opiniões divergentes.

Teimosamente o Vereador Pedro Marques insiste em não querer ver os três seguintes factos políticos:

Primeiro, foi durante a sua vigência de Presidente de Câmara, especialmente entre 1994 e 1997, que “Tomar esteve na boca do mundo como antro de oportunismo e favor fácil”.

Segundo, “o facto de ter sido o único Presidente eleito sobre o qual recaíram suspeitas de favorecimento de interesses particulares, as quais nunca foram provadas”, foi razão próxima à tomada de decisão da Comissão Política do PS de Tomar, em 1996 e por unanimidade, da sua não recandidatura a Presidente de Câmara nas eleições 1997. Entende ser isto difamação? Pois de facto, como diz o povo, “só enfia a carapuça quem quer”.

Se “não foram provadas”, porque se preocupa hoje com isso, como fez questão de lembrar em plena Assembleia Municipal de 27 de Junho deste ano? Quando o que estava aí em discussão era uma decisão sobre uma operação urbanística (UOPG4- Estrada da Serra), no seu tempo começada e que já havia dado lugar a um frontal protesto por parte do Vereador do PS, na reunião de Câmara de 22 de Abril de 2008? Foi aliás o Vereador que veio lembrar a circunstância dos processos em que esteve envolvido, nessa mesma Assembleia.

Terceiro, ao pretender voltar a ser candidato em 2005 pelo PS, não teve o mesmo ninguém a propô-lo, de entre os 30 membros com direito a voto na Comissão Política Concelhia do PS, pelo que obviamente nem foi considerado como candidato.

É importante recordar que um dos actuais Deputados Municipais dos IpT e promotor de espúrio baixo assinado, era na altura dirigente do PS e nem mesmo ele o propôs para Presidente. Esse cidadão, aliás, só não foi candidato pelo PS por não gostar do lugar onde havia sido colocado na lista, o que atesta a ética e os valores pelos quais se movem alguns dos apoiantes do Vereador.

Teimosamente acha-se difamado por o considerar hoje “um cadáver político” e “um furúnculo do sistema político”. O que é certo é que Pedro Marques e a sua forma de gestão, possíveis nos anos 90, nada têm a haver com as necessidades de um Concelho como o de Tomar no Sec.XXI. A água não passa duas vezes por baixo da mesma ponte como todos nós sabemos. É algo que está a mais, pelo simples facto de que a manter-se no sistema é um dos factores de atraso e retrocesso do Concelho, um verdadeiro custo de contexto. Esta é a minha opinião, há qual tenho todo o direito e sobre a qual não retiro uma vírgula!

O chamar à atenção desse facto, foi no sentido de relembrar o porquê da decisão do PS em 1996. Decisão essa que continuo a considerar hoje bem tomada, como os factos posteriores vieram a demonstrar, em virtude de nunca mais Tomar voltar “a estar na boca do mundo como antro de oportunismo e favor fácil”.

Teimosamente o Vereador continua a não querer perceber que todas estas verdades são públicas, testemunhadas por dezenas de pessoas, autarcas e cidadãos, ouvintes das rádios locais, articulistas e leitores dos Jornais locais da época.

Acha-se difamado? Está no seu direito! Mas que não retiro uma única palavra ao que escrevi, isso garanto que não retiro. É a minha opinião de análise política, perante factos da vida pública Tomarense que vivi, testemunhei e onde fui interventor. Recordo que ao tempo era também membro da Comissão Política Concelhia do PS como hoje e Deputado Municipal, também como hoje.

É minha firme convicção que a liberdade de expressão e a livre circulação de informação, incluindo o debate livre e aberto de assuntos de interesse público, são numa sociedade democrática de importância crucial para o desenvolvimento colectivo e realização do homem enquanto ser social, bem como para o progresso e bem estar gerais da sociedade no pleno gozo, por todos, dos direitos e deveres relativos às liberdades fundamentais.

Nunca, mesmo que tente, poderá o Vereador Pedro Marques colocar uma mordaça na minha livre opinião sobre, nomeadamente, a sua actuação política como homem público que é e como Presidente de Câmara que foi. Tenho esse direito e movo-me perante um outro paradigma de gestão pública, de ética republicana de serviço público, de Homem Livre e à luz dos interesses colectivos da modernidade do Sec.XXI e não do século passado.

Para conseguir amordaçar-me, nem cem processos em Tribunal o conseguiriam! Já outros no passado o tentaram, por outros meios, sem qualquer sucesso.

De facto os eleitores de Tomar conhecem-no bem, isso é certo.

Não se esquecem do que se passou no seu tempo de Presidente de Câmara, o que também é verdade.

E a bem do interesse público, convém que nunca mais o esqueçam.

5.9.08

PORQUE NÃO PODEMOS ESQUECER:

"Tudo o que é necessário para o triunfo do mal, é que os homens de bem nada façam"
Edmund Burke

Pois parece que incomodei os meninos dos IpT.

O TEXTO DA COISA
Cidade de Tomar, 5/Setembro/2008, Pg. 4

[Segundo o texto divulgado pelos responsáveis desta iniciativa "Esta carta aberta vem a propósito de um artigo, da autoria de um senhor que dá pelo nome de Luis Ferreira, publicado no jornal 'O Templário' de 7 de Agosto de 2008, no qual é colocada em questão a honra do dr. Pedro Marques, ex-presidente da Câmara Municipal de Tomar.

Ao lermos o referido artigo, interrogamo-nos: Em que país é que vivemos? Estaremos, por acaso e sem dar conta disso, a viver numa república das bananas? Não. Não estamos. Estamos a viver num país que se pretende democrático e onde a honra das pessoas não pode ser posta em causa, por dá cá aquela palha.

No artigo em apreço, o senhor Luis Ferreira utiliza termos que poderíamos até considerar de terrorismo verbal e que são impróprios de um Estado de Direito em que vivemos e queremos continuar a viver.

As afirmações e insinuações ali escritas são de uma baixeza intolerável que em nada dignifica o partido a que se diz pertencer.

O autor apoia-se, ou refigia-se, em referências à história, honorabilidade e ética republicana do partido em que milita, sem se dar conta do seu vazio intelectual e ideológico e, também, sem história nem mérito comprovados para falar em nome de um Partido que se pretende honrado e em que o seu principal líder, Secretário Geral, em plena Assembleia da República, já afirmou: "Na política, como na vida, não vale tudo."

Assim, os signatários desta Carta Aberta repudiam veementemente a linguagem utilizada e as insinuações mencionadas no referido artigo de opinião, escrito pelo tal senhor Luis Ferreira, e incentivamos os tomarenses a não pactuarem com tais impropérios que em nada dignificam a política.

Esta Carta Aberta é um gesto de solidariedade em defesa da honra do dr. Pedro Marques.

Que os partidos saibam libertar-se das garras e dos oportunismos daqueles que acham que nesta vida tudo vale.

Tomar merece melhor.]



O COMENTÁRIO À COISA

Ora pois, vamos lá dissecar:

[Há coisas sobre as quais não podemos ser indiferentes e oportunismos sobre os quais não podemos calar a nossa revolta!

Nunca como antes de Pedro Marques ter sido eleito para o segundo mandato de Presidente de Câmara(1993-1997), Tomar tinha estado na boca do mundo como antro de oportunismo e “favor fácil”.

O Presidente na altura eleito por maioria absoluta pelo PS, viria a tornar-se o maior flop da vida política do Distrito de Santarém do pós-25 de Abril.

Tomar está efectivamente à deriva desde 1994, altura em que Pedro Marques foi eleito para o seu segundo mandato.

Nas eleições seguintes, bem decidiu o PS não o candidatar, em decisão tomada por unanimidade dos 24 membros da sua Comissão Política, à qual tinham concorrido duas listas, uma encabeçada pelo Engº José Mendes que ganhou, e outra por mim próprio.

Porque razão tomaria em 1996 o PS, por unanimidade, a decisão de não candidatar o seu Presidente de Câmara?

Porque razão, anos mais tarde em 2005, não apoiaria o PS o seu desejo de regresso às lides autárquicas?

Se calhar o simples facto de ter sido o único Presidente eleito sobre o qual recaíram suspeitas de favorecimento de interesses particulares, as quais nunca foram provadas, foram razão próxima e determinante para nunca, mas nunca mais, qualquer dirigente responsável pelo PS equacionar sequer a sua recandidatura em nome de um Partido com história, honorabilidade e ética republicana como o Partido Socialista.

Como escrevi em 1994, à mulher de César não basta ser séria, é mesmo preciso parecê-lo, pelo que passados quinze anos, só o mais distraído observador não entende que Pedro Marques é mais do que uma figura do passado, é um verdadeiro cadáver político no Concelho de Tomar.

Afastado e bem que foi António Paiva(PSD), numa brilhante estratégia desenvolvida pelo poder do PS e do PSD a nível nacional, só falta mesmo tirar este “furúnculo” do sistema político Tomarense.

Não por qualquer questão pessoal, sobre a qual não nos movemos, mas simplesmente porque a condução da política não se pode alicerçar no “favorzinho”, no “interessezinho”, no “jeitinho”, tão característico das sociedades do terceiro mundo.

Se os Tomarenses quisessem, o que não acreditamos, transformar a sua terra numa nova Gondomar, Felgueiras ou Marco de Canavezes, poderiam apostar neste regresso ao passado.

Por outro lado, se o caminho for, como julgamos, a criação de riqueza e a busca do seu lugar no contexto regional, completamente perdido nos últimos 15 anos, poderão contar com as equipas que o PS obviamente sem Pedro Marques, encontrará!

Até lá temos de aceitar, democraticamente, a existência deste tipo de “associações de interesses”, que hoje se apresentam como Independentes.

Que o caminho não é por aqui, passados quinze anos de atrofia e desprestígio de Tomar, disso não tenho a mínima dúvida!]


E portanto meus caros, o que está dito, está dito. Custa ouvir a verdade não é? Azarito!


Post Scriptum
Se virem que não têm assinaturas suficientes para preparar já um AUTO DE FÉ, que deve ser A FÉ (DOGMATISMO) o que vos move em detrimento da ÉTICA da RAZÃO, podem sempre colocar uma banquinha à entrada da corredoura, como nos tempos do PREC(1974-75) e gritar: A TERRA A QUEM A TRABALHA. NEM MAIS UM SOLDADO PARA ANGOLA, ou outro qualquer dos slogans da época.

Podem sempre inventar novos, do tipo: FURÚNCULO AMIGO O POVO ESTÁ CONTIGO. VIVA A REFORMA (esqueçam a agrária, que isso já não se usa)

Acho que assim a coisa ainda pode funcionar...

Nota: Peço desculpa por colocar a referência aos anos do Prec, mas a maioria das pessoas que frequenta este Blog nem nunca tinha ouvido falar disso...