O blogue teve em 2023, 35.671 visitas; 48.603 em 2022; 117.160 (2021); 50.794 (2020); 48.799 (2019); 98.329 (2018) e 106.801 (2017) +++ e mais de 838mil desde julho/2010, tendo atingido meio milhão em 5/6/2020

30.4.09

PLATEX E JOÃO SALVADOR – O fim de um sonho?

Nas últimas semanas a situação das empresas IFM (Platex) e João Salvador, ameaça colocar em causa mais de 400 empregos no Concelho de Tomar.

São casos absolutamente diferentes. Se por um lado a João Salvador passa por três problemas diversos, seja a internacionalização de parte do seu investimento, seja pela falta de liquidez e dificuldade de a obter junto da Banca, seja pelas dívidas de milhões de euros que a Câmara de Tomar não paga. Já a IFM, por outro lado, o problema tem essencialmente a ver com a dificuldade de encontrar liquidez e financiamento bancário, para poder honrar os compromissos com fornecedores e assim, dar cumprimento às encomendas existentes.

A Assembleia Municipal desta segunda-feira solidarizou-se, por unanimidade, com o empenhamento do PS em tal tomada de posição.

Pena é que o Sr.Presidente da Câmara PSD, sobre o pagamento das dívidas da Câmara à empresa João Salvador nada tenha dito. Pena é que a Câmara, a quem competiria ajudar as centenas de famílias de Tomar, que em resultado desta situação já passam há meses por situações muito difíceis, sobre esta situação se tenha mantido MUDA e QUEDA. Aliás, o facto de várias (14) propostas do PS terem sido recusadas e que melhoravam o apoio às famílias do Concelho, demonstram que a Câmara PSD insiste, em Tomar, em fazer parte do problema e não da solução.

O programa Governamental de QUALIFICAÇÃO-EMPREGO, à qual está já a IFM a desenvolver as demarches para aderir, poderá permitir que 35% dos seus funcionários acedam a Formação Profissional, enquanto não é possível desbloquear junto da Banca financiamento “à tesouraria”.

Esta solução, à responsabilidade do conjunto de políticas sociais que o Governo PS tem lançado, ajudará parte substancial dos trabalhadores a saírem desta crise em melhores condições de manterem e desenvolver a sua capacidade de trabalho. Se a isto juntarmos a extensão do subsídio social de desemprego, para aqueles que, infelizmente tenham que a ele aceder, criam condições para que, até à retoma económica, seja possível sobreviver.

No Concelho de Tomar, só no último ano, já com 6 meses de acentuada crise, foi ainda assim possível criar cerca de 750 empregos/colocações, ou seja mais de 2 empregos por dia. Para os trabalhadores que vierem a ficar nestas duas empresas sem trabalho, o sonho de um trabalho nelas pode estar desfeito, mas com o conjunto de políticas que continuam a ser apoiadas pelo Governo é expectável que muitos venham no próximo ano a encontrar trabalho noutras empresas. Mesmo nas mesmas áreas, da construção civil ou das madeiras, haverá soluções.

Nem tudo está perdido e o momento é de esperança mas também de responsabilidade, assumida pelo Governo e não pela Câmara. O Presidente Corvêlo de Sousa dizer que “a prioridade da sua agenda é a situação da IFM”, não deixa ninguém descansado, sabendo nós que em 8 anos de autarca, não é conhecido propriamente por ser muito rápido a fazer o que quer que seja. Por aí não podem os trabalhadores ficar descansados.

Mas connosco podem, como sempre, contar!

*Assinado, na qualidade de Coordenador da bancada do PS na AM de Tomar

24.4.09

UM NOVO ABRIL EM TOMAR

[Artigo publicado na edição de hoje do Jornal "O Templário", sobre uma visão sobre o Abril que é necessário HOJE!]


Em Junho de 2006, após dois anos de insistência, a Assembleia Municipal aprovou uma Moção no sentido de Tomar constituir uma equipa de trabalho, com vista à implementação de uma Agenda XXI Local.

Visando dar corpo ás melhores práticas internacionais de constituição de “comunidades sustentáveis”, na linha de intervenções realizadas, por exemplo em Halifax e Burnley, em Inglaterra, onde o equilíbrio entre o desenvolvimento económico e o equilíbrio ambiental, se concretiza sem deixar de ter sempre um olhar atento no desenvolvimento social.

Por isso mesmo, tem o PS insistido ao longo dos últimos anos, na importância da REDE SOCIAL, só efectivamente criada há dois anos. Por isso mesmo, têm vindo os seus autarcas a insistir, desde há um ano, na criação da LOJA SOCIAL (ver www.tomar.psdigital.org).

Muitos dos problemas de DESIQUILÍBRIO social, motivado pelo acelerar da crise social, que há vários anos, assentou raias no Concelho, teriam melhores instrumentos de resolução se Tomar não tivesse sido o penúltimo Município do País a criar a sua rede social. Se a decisão da Assembleia de criar uma AGENDA XXI Local, não estivesse há quase 3 anos parada ou se já estivessem a serem dados os passos para a criação da LOJA SOCIAL.

Uma Loja Social, mais não é do que um sistema, baseado num “Balcão Único” de atendimento social onde, por exemplo, o apoio à habitação ou às refeições escolares, responsabilidades dos Municípios, se interpenetram com as subvenções sociais de responsabilidade da Segurança Social e integrassem, por exemplo, as disponibilidades existentes das IPSS, da Caritas ou de outras expressões de apoio social existentes no Concelho.

UMA RESPOSTA INTEGRADA.
Um conceito de ENFOQUE no cidadão. De resolução do seu problema, HOJE!

Mas no desenvolvimento do que é hoje entendido como a COMUNIDADE SUSTENTÁVEL, os aspectos de onde vivem as pessoas (no centro das cidades/aldeias ou nas suas periferias, por exemplo), cruzam-se com os modos de acesso aos principais serviços (a pé, de transporte público ou de carro).

A revisão do PDM em Tomar é também parte deste processo, que há mais de 10 anos se arrasta sem fim à vista. Por exemplo, a facilitação da junção de artigos matriciais, para recuperação de habitações no centro da cidade e aldeias do Concelho, já proposto pelo PS no Município, é também um caminho para a concretização desta vivência no Sec.XXI.

E como tudo está interligado, a existência de Escola de proximidade (por Freguesia), no mínimo no pré-escolar, é parte integrante deste conceito, ideológico pois sim, de querer que Tomar viva sob o paradigma do DESENVOLVIMENTO a caminho de UMA COMUNIDADE SUSTENTÁVEL.

Se Abril deu pleno caminho aos 3 D’s (Democracia, Desenvolvimento, Descolonização); em Tomar falta concretizar o NOVO ABRIL, com os 3 S’s, de Sustentável, Serviço e Solidariedade.

Que venham mais cinco!

23.4.09

Artigo no Jornal "Cidade de Tomar"

Este é o artigo de opinião que saírá no Jornal "O Cidade de Tomar" de amanhã, dia 24 de Abril, apesar de já estar disponível nas bancas hoje.

A DEMAGOGIA DEVE TER LIMITE

Já muito se falou da crise económica internacional e das suas consequências sociais que um pouco por todo o mundo e também no nosso Concelho, vão surgindo.
Já se teve conhecimento dos contributos dados pelo PS, nestes últimos anos, para minorar os efeitos da crise nas Famílias e nas Empresas do Concelho e disponíveis para consulta em www.tomar.psdigital.org

Infelizmente nas últimas semanas duas situações se agravaram no nosso Concelho, tendo levado a uma tomada de posição do PSD, através dos seus deputados, encabeçados por Miguel Relvas, que enquanto oposição ao Governo se mostram muito preocupados, mas enquanto maioria PSD na Câmara de Tomar, só vêm prejudicando as empresas do Concelho.

Acham que exagero? Então pensemos em conjunto: devia ou não a Câmara Municipal de Tomar mais de 2,5 milhões de euros à empresa João Salvador no final do ano de 2008? Devia e os valores constam da conta de gerência aprovada na passada semana pela Câmara.
Devia e deve!
Mas sabem quanto custa isso, só em juros bancários desde o início do ano à empresa? Mais de 100 mil euros, ou seja mais de 320€ a cada um dos seus trabalhadores. Isto é responsabilidade da Câmara Municipal. Não responsabilidade de nenhum Governo. A isto não diz o Deputado Miguel Relvas, nem o PSD em Tomar nada? Não convém, decerto!

Mas já sabem fazer requerimentos ao Governo sobre a situação da IFM, apenas para encher Jornais em Tomar, porque sabem, como eu sei, como o Sr. Presidente da Câmara sabe, que não compete ao Governo tratar da situação da IFM ou de qualquer empresa em concreto.
O problema que a IFM tem é um problema que tem como causa primordial, a Banca não disponibilizar dinheiro, em tesouraria, a uma empresa que factura mais de 26 milhões de euros ao ano e exporta 75% da sua produção.
O problema não está, como os deputados do PSD induzem, na falta de apoio GOVERNAMENTAL ao sector exportador das madeiras ou qualquer outro. Os apoios já existem, os seguros de crédito à exportação, com aval do Governo, estão já a funcionar.
O problema não é esse.
O problema é que a Banca não liberta fundos de tesouraria, que servem a maior parte das vezes para pagar SALÁRIOS e a PEQUENOS FORNECEDORES. Pelo menos a banca privada não o está a fazer. Esse é o problema.

Aquilo que os deputados do PSD e os seus companheiros da maioria da Câmara estão a fazer com a IFM, baseia-se na MENTIRA, chama-se OPORTUNISMO e configura uma verdadeira CHANTAGEM POLITICA.
E demonstra uma coisa que é já PATOLÓGICO neste tipo de pessoas que nos vem GOVERNANDO EM TOMAR: além de falsos são irresponsáveis! Nunca têm a culpa de nada.
Têm atrofiado a economia local com taxas absurdas. Obrigam, por exemplo um pequeno café ou um cabeleireiro a pagar mais de 3000€ em compensação de lugares de estacionamento, mesmo antes de abrir um negócio, que nos primeiros anos grandes dificuldades vai ter para ter lucro. Mantêm dívidas de mais de 13 milhões de euros (entre a despesa corrente e a despesa de investimento), com forte relevância na economia local, às empresas pequenas, médias e grandes sedeadas no Concelho.

Vão começar a pagar agora porque o GOVERNO PS lhes facultou o “Programa Pagar a tempo e horas” e os obrigou a reduzirem os prazos de pagamento para 90 dias.
Disso não fala Miguel Relvas e o seu PSD? Não lhe convém?
Quem será responsável pela não falência imediata de diversas empresas no Concelho, a quem a Câmara deve milhões, é o Governo PS que obrigou a Câmara PSD a lhes pagar.
Mas sabem vir falar de uma empresa onde a responsabilidade do Governo é nula.
Mas não pagaram durante meses à João Salvador e os seus funcionários tiveram que suportar, sem receber, os juros que a empresa teve de pagar pelos DOIS MILHÕES E MEIO de dívida da Câmara PSD de Tomar. Uma vergonha. Um desprestígio para o poder político.

É inconcebível que Miguel Relvas, Corvelo de Sousa e o PSD, se comportem assim com as empresas, com os trabalhadores das empresas de Tomar e suas famílias.
É necessário que estes e estas lhes façam, ao PSD, PAGAR O PREÇO DA SUA MENTIRA, DA SUA IRRESPONSABILIDADE.

Mas querem saber o que o Governo está a preparar para resolver esta e outras situações? Muito simplesmente CRIAR CONDIÇÕES para que possam ser as Associações Empresarias, como é o caso do nosso NERSANT, com o qual aliás a Câmara PSD de Tomar nunca quis quaisquer relacionamentos ao longo dos últimos 12 anos, para poderem servir de ligação entre as empresários e a banca, para que com o aval do estado, não seja cada empresário a negociar os “Fundos de Tesouraria”, a “Renegociação das letras” ou das “contas caucionadas” de forma isolada, mas sim em bloco e através da força do Associativismo Empresarial.

Esta é a solução para empresas como a IFM, viáveis, em sectores competitivos e exportadores. Este é o caminho que vem sendo defendido, pelo que é público, pelo Sr. Governador Civil e pelo Sr. Presidente do NERSANT.
Este é o contributo que o Governo PS pode e deve dar neste caso, que ao contrário dos deputados PSD do Distrito, com Miguel Relvas à cabeça, que mais parecem aves de rapina, que esvoaçando sobre os possíveis “restos” empresarias, tentam de forma oportunista daí tirar dividendos políticos.
Mas esquecendo-se de que quando têm responsabilidade, como é o caso da Câmara de Tomar, vão prejudicando AS EMPRESAS por NÃO PAGAREM a quem devem, a tempo e horas, COLOCANDO assim muitas FAMÍLIAS NA MISÉRIA.

É de facto inconcebível, que este tipo de pessoas possam ainda continuar a governar-nos em Tomar. Temos de os fazer PAGAR por isso, já que eles NÃO QUEREM PAGAR A QUEM DEVEM!

A demagogia deve ter um limite e esse limite, em Tomar, já foi atingido há muito.

20.4.09

A nossa Região (Lisboa e Vale do Tejo)


A Região de Lisboa e Vale do Tejo, a maior do País, onde Tomar se incluí, tem já cerca de 3,5 Milhões de habitantes.
Esta nossa região deveria, quanto a mim, ser efectivamente criada e nela deveriam ser incluídos os Concelhos de Porto de Mós, Batalha, Leiria e Marinha Grande.

Só uma Regiao que começasse de Torres Vedras até Mação e de Coruche à Marinha Grande, num primeiro momento integrada nesta LVT, mas num segundo momento autonomizada desta, por naturalmente não fazer sentido que a Capital mantenha este "lastro" de 37 Municipios, com muitas semelhanças entre si, mas absolutamente diferentes em relação à Capital.

Visto de Tomar, este Concelho templário que foi farol do desenvolvimento do pais na reconquista cristã e nos descobrimentos, isto faz todo o sentido. Actualmente em construção, o IC9 ligará no final do Verão, por via rápida Tomar, Ourem, Fatima, Batalha, Leiria, Alcobaça e Nazaré, fazendo a norte o que a A15 faz a Sul, ligando Almeirim, Santarém, Rio maior e Caldas da rainha. Estas ligações terminarão o afastamento entre o Interior ribatejano e o seu oeste populoso de Leiria a Torres Vedras.

Esta região a dois tempos faz todo o sentido e é nesse contexto que tem sido o meu trabalho enquanto dirigente da Federacao de Santarém do PS.

A NUTIII Médio Tejo, a menor de todas as 5 que compõe a região tem 231304, na estimativa do INE, do final de 2007.
A dimensão dos Concelhos do Médio Tejo era o seguinte, em residentes (2007) e eleitores (2008):
Ourém - 50606 residentes (44466 eleitores)
Tomar - 42295 residentes (39466 eleitores)
Abrantes - 40349 residentes (37577 eleitores)
Torres Novas - 37101 residentes (33145 eleitores)
Entroncamento - 21329 residentes (16689 eleitores)
Alcanena - 14699 residentes (13242 eleitores)
Ferreira Zêzere - 9170 residentes (8412 eleitores)
V.N.Barquinha - 8122 residentes (6751 eleitores)
Sardoal - 3858 residentes (3711 eleitores)
Constância - 3388 residentes (3502 eleitores)

17.4.09

É INCONCEBÍVEL TAMANHA DEMAGOGIA

Já aqui falámos muito da crise económica internacional.
Já aqui lembrámos os contributos dados pelo PS na Câmara para minorar os efeitos da crise nas Famílias e nas Empresas do Concelho.

Infelizmente nas últimas semanas duas situações se agravaram no nosso Concelho, tendo levado a uma tomada de posição do PSD local através do seu deputado Miguel Relvas, que enquanto deputado da oposição ao Governo se mostra muito preocupado, mas enquanto verdadeiro “dono” da maioria PSD na Câmara, só prejudica as empresas do Concelho.

Acham que exagero? Então pensemos em conjunto: devia ou não a Câmara Municipal de Tomar mais de 2 milhões e meio de euros à empresa João Salvador no final do ano de 2008? Devia e os valores constam da conta de gerência aprovada esta semana. Devia e deve. Mas sabem quanto custa isso, só em juros bancários desde o início do ano à empresa? Mais de 100 mil euros, ou seja mais de 300€ a cada um dos seus trabalhadores. Isto é responsabilidade da Câmara Municipal. Não responsabilidade de nenhum Governo. A isto não diz Miguel Relvas nem o PSD de Tomar nada? Não convém.

Mas já sabe fazer requerimentos ao Governo sobre a situação da IFM, apenas para encher Jornais em Tomar, porque sabem, como eu sei, como o Sr. Presidente Corvelo Sousa sabe, que não compete ao Governo tratar da situação da IFM ou de qualquer empresa em concreto. O problema que a IFM tem é um problema que tem como única causa, aquilo que já aqui falamos, que é a Banca não disponibilizar dinheiro a uma empresa que factura mais de 26 milhões de euros ao ano e exporta 75% da sua produção. O problema não está, como os deputados do PSD induzem, na falta de apoio GOVERNAMENTAL ao sector exportador das madeiras, ou qualquer outro. Os apoios existem e os seguros de crédito à exportação estão a funcionar. O problema não é esse. O problema é que a Banca não liberta fundos de tesouraria, que servem a maior parte das vezes para pagar SALÁRIOS e a PEQUENOS FORNECEDORES. Pelo menos a banca privada não o está a fazer. Esse é o problema.

Aquilo que Miguel Relvas e os seus companheiros do PSD estão a fazer com a IFM, chama-se MENTIRA. Chama-se OPORTUNISMO. Chama-se CHANTAGEM. E demonstra uma coisa que é já PATOLÓGICO neste tipo de gente que nos vem GOVERNANDO EM TOMAR: são falsos e são irresponsáveis. Nunca têm a culpa de nada. Têm atrofiado a economia local com taxas absurdas. Obrigam, por exemplo um pequeno café ou um cabeleireiro a pagar mais de 3000€ em compensação de lugares de estacionamento, mesmo antes de abrir um negócio, que nos primeiros anos grandes dificuldades vai ter para obter lucro. Mantêm dívidas de mais de 13 milhões de euros, entre a despesa corrente e a despesa de investimento, com forte relevância na economia local, às empresas pequenas, médias e grandes sedeadas no Concelho.

Vão começar a pagar agora porque o GOVERNO PS lhes facultou o “Programa Pagar a tempo e horas” e os obrigou a reduzirem os prazos de pagamento para 90 dias. Disso não fala Miguel Relvas e o seu PSD? Não lhe convém? Quem será responsável pela NÃO falência imediata de diversas empresas no Concelho, a quem a Câmara deve milhões, é o Governo que obrigou a Câmara a lhes pagar. Mas sabem vir falar de uma empresa onde a responsabilidade do Governo é nula. Mas não pagaram durante meses à João Salvador e os seus funcionários tiveram que suportar, sem receber, os juros que a empresa teve que pagar pelos DOIS MILHÕES E MEIO de dívida da Câmara PSD de Tomar. Uma vergonha. Um desprestígio para o poder político.

É inconcebível que Miguel Relvas, Corvelo de Sousa e o PSD, se comportem assim com as empresas, com os trabalhadores das empresas de Tomar e suas famílias. É necessário que estes e estas lhes façam, ao PSD, PAGAR O PREÇO DA SUA MENTIRA, DA SUA IRRESPONSABILIDADE.

Mas querem saber o que o Governo está a preparar para resolver esta e outras situações? Muito simplesmente CRIAR CONDIÇÕES para que possam ser as Associações Empresarias, como é o caso do nosso NERSANT, com o qual aliás a Câmara PSD de Tomar nunca quis quaisquer relacionamentos ao longo dos últimos 12 anos, para poderem servir de ligação entre as empresários e a banca, para que com o aval do estado, não seja cada empresário a negociar os “Fundos de Tesouraria”, a “Renegociação das letras” ou das “contas caucionadas” de forma isolada, mas sim em bloco e através da força do Associativismo Empresarial.

Esta é a solução para empresas como a IFM, viáveis, em sectores competitivos e exportadores. Este é o caminho que vem sendo defendido, pelo que é público, pelo Sr. Governador Civil e pelo Sr. Presidente do NERSANT. Este é o contributo que o Governo PS pode e deve dar neste caso, que ao contrário dos Deputados PSD do Distrito, com Miguel Relvas à cabeça, que mais parecem ABUTRES esvoaçando sobre as possíveis carcaças empresarias, tentando de forma oportunista daí tirar dividendos políticos. Mas esquecendo-se de quando têm responsabilidade, como é o caso da Câmara de Tomar, não prejudicarem AS EMPRESAS e PAGAREM A QUEM DEVEM, NÃO COLOCANDO MUITAS FAMÍLIAS NA MISÉRIA.

É de facto inconcebível que este tipo de pessoas possam ainda andar na rua de cabeça erguida e merecerem de nós um tratamento respeitoso, a que urbanidade nos obriga. Temos de os fazer PAGAR por isso, já que eles NÃO QUEREM PAGAR A QUEM DEVEM!


[Crónica lida aos microfones da Rádio Hertz (FM98), após o noticiário das 13H00 – repete dia 19 (Domingo) após as 13H00]

13.4.09

A (des)propósito das dívidas da Câmara de Tomar

O nosso Município terminou o ano de 2008 com mais de 10 milhões de euros de dívidas de capital, essencialmente a fornecedores de obras, como por exemplo a firma João Salvador, com cerca de 2,5 Milhões de euros.

Estes 2,5 Milhões de euros, que esperamos venham agora a ser rapidamente pagos ao abrigo do programa lançado pelo Governo PS, de "pagar a tempo e horas", foram e são um dos muitos e graves problemas que a firma João Salvador tem tido nos últimos tempos.

Só para se ter uma ideia esta dívida da Câmara representa, à taxa média do juro praticado pela banca comercial para o tipo de risco que representa uma firma como a João Salvador, digamos de 18%/ano, qualquer coisa como 37.500€ só de juros por mês.

Como estamos certos que a Câmara de Tomar, desde 31/12/2008 não terá pago um único centavo ao João Salvador, temos portanto só em juros qualquer coisa como 112.500€, nos primeiros três meses de 2009.

Como todo o grupo terá cerca de 350 funcionários, cada um destes, teve que "pagar" directa ou indirectamente à Banca um montante na casa dos 321€, à RESPONSABILIDADE DA MÁ GESTÃO DA CÂMARA PSD DE TOMAR.

Este é mais um triste exemplo de que esta Câmara já ultrapassou o seu prazo de validade.

Pena é que no seu estretor, possa ajudar a levar à falência um grupo empresarial da dimensão da João Salvador.

Mesmo que tal não aconteça e muito sinceramente esperamos que não, já levou sei-o bem, muitas famílias ao desespero. Famílias de gente que vive em Tomar e que deveria ter da parte da sua Câmara outra sensibilidade, outro respeito, outra atitude.

A palavra de ordem para o futuro, como sempre o foi no passado, é essa mesmo: ATITUDE.

Só nos resta UMA: MUDAR!

8.4.09

A INDEPENDÊNCIA DA GUALDIM-PAIS

Falamos da colectividade e não da escola, para nos situarmos e falamos da instituição e não do seu voluntário presidente há 23 anos, para não nos equivocarmos.

Exemplo de desenvolvimento de um projecto colectivo, iniciado há mais de uma centena de anos, pelos homens de “além da ponte”, começou por ser mais uma Banda de Música no Concelho de Tomar.
Isto aconteceu ainda no tempo em que as Bandas serviam de afirmação, de uma cada vez maior pequena burguesia urbana e de um infindável operariado industrial emergente.
A colectividade viveu o percurso normal deste tipo de instituições durante o sec.XX, com actividades diversas no recreio, desporto e na cultura, da pesca ao campismo, do cinema ao xadrez, da música à dança, dos mini-trampolins às actividades de tempo livre, por exemplo.

Com o advento das novas necessidades de serviços nas áreas da cultura, do desporto e do social, a partir dos anos 80 a colectividade evoluiu para um sistema mais profissionalizado, que ganha especial destaque com a construção do então Pavilhão Desportivo.
O empresário da construção civil, responsável pela sua construção, foi recentemente homenageado publicamente, especialmente por ter sabido esperar 12 anos pelo respectivo pagamento.
Aliás, a história da Gualdim-Pais, que conheço pessoalmente desde 1983, é fruto de um conjunto bem sucedido de dádivas, empenhamento dos seus milhares de sócios, dezenas de dirigentes e muito especialmente das suas, também voluntárias, centenas de participantes e colaboradores.

A aposta no trabalho pelo colectivo, que aprendi cedo na música, na outra Banda da cidade diga-se em abono da verdade, encontrei diariamente durante dezenas de anos na Gualdim-Pais, no respeito pela diversidade individual e trabalhando sempre em prol do colectivo.
Esta forma de estar, fez-me a mim e estou certo que a milhares de jovens, ao longo das últimas décadas, melhores cidadãos, depois de termos passado pela música, pelo desporto ou pelos acampamentos da Gualdim-Pais.
Sempre foi aquela instituição, uma casa de diversidade, de respeito e de entre ajuda, fortemente alicerçada na construção solidária, onde as grandes discussões sempre aconteceram para melhoria e engrandecimento do projecto que, estou certo que todos, íamos construindo.

Varias vezes ao longo da sua história, foram tentados aproveitamentos partidários, a que sempre os seus sócios e dirigentes souberam por cobro e limite.
Esperemos que a expectável candidatura pela CDU à Câmara Municipal, do seu Presidente da Direcção, não venha a colocar novamente essa questão, sobre uma instituição que é pertença de todos os seus sócios, de todos os quadrantes partidários.
Para mim e estou certo que para muitos outros não comunistas, a Gualdim-Pais é muito mais do que o seu Presidente e as suas perfeitamente legítimas, participações cívicas na política Tomarense.

A Gualdim-Pais é uma instituição que deverá ser honrada na sua história, com total independência partidária, respeitando o trabalho que a todos permitiu fazer em prol da cultura e do desporto no Concelho de Tomar.

6.4.09


AS MULHERES NA PRIMEIRA REPUBLICA - Percursos e imagens
Na Biblioteca-Museu República e Resistência, Espaço da Cidade Universitária (Lisboa) - Rua Alberto Sousa 10A (Zona B do Rêgo)
CICLO DE CONFERÊNCIAS
22-Abril (18H30)
29-Abril (18H30)
6-Maio (18H30)
Parceria CML/Univ Nova/FCSH