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13.6.12

Balanço de um ano de desespero I

[O documento que se segue foi lido em Vizela, mas poderia ter sido lido em Tomar, que o problema é o mesmo. As mesmas políticas, os mesmos resultados]


INTERVENÇÃO DE JOÃO POLERY (líder da bancada PS, na Assembleia Municipal de Vizela) 

PERIODO ANTES DA ORDEM DO DIA

Nunca um Governo da Nação teve tão pouco tempo de estado de graça como este, de Coligação PSD CDS/PP, que malfadou os Portugueses, em menos de um ano.
Os novos números do Défice da Nação, revelam mais do mesmo, ou seja a politica de austeridade e do custe o que custar do Governo PSD CDS/PP, tiveram como resultado a subida do défice para 3 Mil Milhões e uma queda nas receitas fiscais de 3,5%.

É evidente que os Portugueses em geral e os Vizeleneses em particular, o que mais nos preocupa, já não podem aguentar mais, nem as famílias, nem as empresas. Com mais austeridade, como facilmente concluímos depois da admirável, admiração, da Troika, sobre os assustadores números do desemprego, e que seguramente este governo aplicará, significa aumentar a espiral recessiva em que o nosso país já entrou.

Está claro que a política deste governo não passa pelo incentivo á economia e aos investimentos, muito menos á resolução do problema do desemprego que assola o nosso país.
As contas públicas estão piores do que inicialmente, apesar de todos os sacrifícios.
Só para clarificar um pouco; o défice do subsector Estado atingiu 3,05 mil milhões de euros nos primeiros quatro meses do ano, o que representa um agravamento face ao desequilíbrio de 2,45 mil milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.

A taxa de desemprego que estava nos 12% no primeiro trimestre de 2011; atingiu já no final de Maio os inacreditáveis 15,2%, sendo que no sector jovem ultrapassou os 36,%, e para cumulo ouvimos o, recente, anuncio de uma taxa superior a 16% para 2013.

De salientar que o desemprego na zona euro manteve-se nos 11%, o que revela claramente as politicas erradas deste governo no que á matéria diz respeito. Este é o governo que deixa mais uma marca na sua curta história: a marca do desemprego.
E ainda há quem diga que a culpa era do PS de Sócrates, mesmo sabendo que destes 38 anos de Democracia 16 pertenceram ao PS e 20 ao PSD, com ou sem coligação, de Governo.

Todos concluímos, com relativa facilidade, que a austeridade deste governo só piora as contas públicas. Depois de tantos sacrifícios temos as contas públicas piores do que estavam inicialmente, com uma queda na receita fiscal e com recessão económica a fazer o sangramento de todo o sacrifício dos Portugueses, o que demonstra claramente a brutalidade das políticas deste Governo.
Pasmem-se com mais este "Lapso" do nosso ministro, ou pior ainda, mentira do nosso Primeiro-ministro, A queda das receitas fiscais com impostos indiretos foi quase o dobro da que foi divulgada pela Direção Geral do Orçamento, garantiu a Unidade Técnica de Apoio Orçamental que encontrou, mais uma vez, uma incorreção nas contas que influencia a comparação em percentagem.
Os Técnicos independentes explicaram que na base deste erro, esteve a falha da DGO em somar a receita proveniente do IVA social entre Janeiro e abril de 2011, no valor de 238 milhões de euros.

Assim, refeitas as contas, a queda nas receitas não foi apenas de 3,5% como informou o Governo, que já era muito grave face ao brutal aumento de impostos, mas sim de 6,8% tendo em conta a retificação do "LAPSO", a que eu chamo de mais uma mentira.
No passado dia 1 de Maio, Passos Coelho pediu aos Portugueses para se prepararem para viver com o desemprego superior ao habitual. Mais ainda considerou que estar no desemprego significa uma oportunidade… Alguma coisa mudou na política.
Recentemente, os governos do PS eram julgados, pelo PSD, pela capacidade de enfrentar o desemprego e encontrar soluções para ele. Hoje, este governo, não quer ser avaliado pelo seu desempenho e, em vez de resolver o problema do emprego, apresenta-o subliminarmente como se fosse uma coisa imposta pela força do destino.

Percebe-se a mensagem. Se é o destino que nos trás o desemprego, como posso eu, Passos Coelho, ser responsável pelo destino? O primeiro-ministro lida mal com a realidade e com o resultado das suas opções. Do ponto de vista político é, como aqui já disse, um mentiroso compulsivo, pior que qualquer um dos anteriores. Como várias vezes aqui referi, repito, em campanha prometeu fazer tudo diferente de Sócrates, no entanto violou todas as promessas, e optou por um caminho muito pior e mais radicalizado. Dizem os adeptos da seita que ele desconhecia a realidade. Se é verdade, não se compreende por que razão um incompetente, que nem a realidade do País conhecia, deve governar. Se é mentira, então o melhor é os cidadãos nunca mais nele votarem.

Passos Coelho sabe muito bem que o desemprego é o resultado das políticas que ele apoia na Europa e que pratica em casa. Não é fruto de um destino maléfico que caiu sobre nós, mas de opções que visam deliberadamente empobrecer a generalidade da população e enriquecer uma elite voraz, uma elite que, sem a ameaça do comunismo, tem por objetivo reduzir a generalidade da população à situação de semi-escravatura. O primeiro-ministro sabe muito bem o que está a fazer e sabe que quando sair do governo a pobreza será muito maior em Portugal e as desigualdades serão muito mais escandalosas.

Passos Coelho pensa que, ao apresentar a situação como uma tragédia trazida pela força do destino, livra a sua responsabilidade. Passos não passa de personagem de uma triste comédia, aquele género teatral que trata de homens inferiores, não apenas impotentes perante as potencias do mal, mas subservientes. Não satisfeito com tanta asneira, convoca agora uma série de colóquios, a realizar pelo país, para assinalar o primeiro aniversário da vitória eleitoral. Espero sinceramente que os Portugueses o saibam receber como merece!

Como diz um reconhecido humorista do nosso País, Passos Coelho ao dizer que estar no desemprego significa uma oportunidade, é o mesmo que dizer: " que os acidentes rodoviários significam uma oportunidade para trocar de carro. Que os incêndios significam uma oportunidade para organizar uma churrascada com os amigos. Que as cheias são uma oportunidade para fazer um passeio romântico de barco. E ainda que a cadeia, onde ele deveria estar, acrescento eu, é uma oportunidade para descansar e descobrir novas sensações no duche".

Uma palavra sobre o escândalo do caso Miguel Relvas, onde, passado o tempo em que deveria ter apresentado a sua demissão, outra coisa não seria de esperar, se não, já ter sido demitido por Passos Coelho. Não sou eu que digo, mas sim: Marcelo Rebelo de Sousa, Pacheco Pereira, Santana Lopes, Marques Mendes e tantos outros, todos do Partido do Governo. Só Passos Coelho, não tem vergonha e continua a gozar com quem o apoiou.

Primeiro diz que não fez, mas depois já fez. Primeiro não pediu desculpa, mas depois até pediu, mas foi pelo tom utilizado, e não pelo conteúdo. Primeiro não recebeu mensagens, mas de seguida confirmou-se que recebeu. Não teve encontros depois de tomar posse, mas depois sempre teve um ocasional, um lapso. Primeiro não deu importância às mensagens, mas depois até fez a vontade ao artista e deu o cargo de Secretária de Estado á pessoa que atrapalhava o seu amigo. Enfim um ditador aldrabão ao seu melhor nível. E depois ainda aparece, tipo Madre Teresa de Calcutá, em entrevista, a defender transparência e politicas socias. Haja paciência.
Convém ainda lembrar que a primeira polemica que indicia a culpabilidade deste senhor, ocorreu com a suspensão da crónica de Pedro Rosa Mendes na RDP. OU seja não é primário mas sim reincidente.
Espero que, a bem do País, este Ministro abandone, definitivamente o Governo, e com ele possam cair as suas ideias da Reorganização Administrativa, para que Vizela possa, como querem os cidadãos e o PS de Vizela, manter as sete Freguesias.

 
Em nome da Democracia, da liberdade de imprensa, da sanidade mental dos portugueses, e contra os recados, os telefonemas, os sms e demais formas de pressão dos ministros, adjuntos chefes de gabinete e outros…, senhor primeiro-ministro: Demita-o rapidamente.

Talvez por tudo isto, tivemos, todos, oportunidade de ler no comunicado do Deputado Francisco Ribeiro, embora na qualidade de Líder do PSD local, e representante concelhio da recandidatura de Passos Coelho á liderança do PSD, dizer o seguinte: cito, " Aceitei esse desafio que me foi lançado com satisfação e orgulho, pois considero que o mesmo, leia-se Passos Coelho, pode trazer mais-valias para Portugal e para os Vizelenses, uma vez, que é a única pessoa que reúne condições de estabilidade administrativa de que tanto necessitamos". E agora acrescento eu: ainda acredita?
Dizia ainda o deputado Francisco Ribeiro no seu comunicado " Passos Coelho já deu provas de que é um homem de palavra, sério e determinado". Sr. Deputado estamos esclarecidos quanto aos seus critérios de avaliação e do quanto deseja para os Portugueses e para os Vizelenses.
Triste, uma vez mais, ver o homem que reside em Belém, em mais um dos seus momento de alucinação, dizer que este caso, tão grave, é apenas um caso político-partidário, o que confirma a minha suspeita, aquando da minha última intervenção, neste mesmo local, em que o homem está completamente senil.
 
Felizmente a última sondagem, cujos resultados foram publicados no início da semana passada, [conferir em http://noticiasbreves.blogspot.com] já revelam o que todos os Portugueses há muito sabiam, o reinado deste governo está próximo do fim, a bem de todos os Portugueses.
Depois de tanta mentira e de tanta asneira, o resultado das últimas sondagens revelam mais uma evidência, de que os Cidadãos Vizelenses são, de longe, os mais inteligentes do nosso País, ao vaticinarem nas últimas eleições o que seria o Governo do PSD, e por isso dizendo, quase em exclusivo ao País, nós não acreditamos, nós não queremos esta gente a governar Portugal.

[Nota: o PS ganhou em Vizela nas legislativas de 2011, a par de outros Concelhos do Distrito de Braga e Porto, como Guimarães, Fafe, Matosinhos e Santo Tirso]