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31.12.16

O que mais gostava para Tomar em 2017: simple is beautiful

Os ingleses têm uma curiosa expressão, que com alguma regularidade utilizo para definir ou propor a estratégia de atuação ou a abordagem adequada para um determinado problema. Essa expressão – Simple is beautiful (simples é bonito/bom, em tradução literal), encerra o conceito de que muitas vezes a melhor solução para um problema complexo é demasiado simples, e está demasiadas vezes ao nosso alcance, diria mesmo debaixo do nosso nariz.

Ora para os problemas de Tomar se resolverem e, sendo tantos, parecem de facto complexos, basta apenas que em 2017 saibamos todos - os autarcas, os empresários, os cidadãos atentos e a grande mole de cidadãos desatentos e preocupados com a sobrevivência do dia-a-dia, fazer o que a cada um compete. É que se cada cidadão fizer o que lhe é exigido, pela função que ocupa, pelo poder que tem, pela ambição que augura para si ou para os seus, grupos, familiares ou amigos, decerto Tomar em 2017 será melhor.

No fundo, é bastante simples: dividir cada um dos grandes problemas em problemas sucessivamente mais pequenos e para cada um deles, aplicar a solução mais simples e, de preferência que tiver menos impacto, no status quo, na despesa pessoal e coletiva e que especialmente ocupe menos tempo.

Simple is beautiful! E devemos ser sempre rápidos, para ganhar tempo para usufruir do ócio. Tomar, que é de todos, pode de facto ser melhor em 2017, bastando cada um fazer o que lhe compete, de forma simples e eficaz. E façam o favor de ser felizes, como dizia no século passado, o nunca indicado para ser laureado pelo Nobel da expressão oral, Raul Solnado. Coisas da vida, simples, diria! E bela, já agora!

25.12.16

Conselho Municipal de Segurança há mais de um ano sem funcionar


Depois de alguns meses de grande discussão pública sobre a necessidade de serem abordados os assuntos referentes à segurança as duas reuniões do Conselho Municipal de Segurança realizados nos meses de outubro e novembro de 2015, questionei formalmente a presidência do Município, através de requerimento, relativamente a este assunto.

Recordo que na altura, em 2015, foram decididas criar comissões permanentes no seio do Conselho Municipal de Segurança, que pudessem abordar sectorialmente alguns dos assuntos obrigatórios de lei, de serem avaliados, bem como os emergentes colocados pelos membros do respetivo Conselho.
Aspeto da reunião do Conselho Municipal de Segurança, realizada em 27 de novembro de 2015 - foto Rádio Hertz


O fato de terem existido no decurso do presente ano de 2016 reuniões, de que foi dado reporte público, entre a PSP e a vereação, tal não exclui o âmbito dos trabalhos que deveriam estar a ser desenvolvidos pelo Conselho Municipal de Segurança, há mais de um ano, dado o âmbito mais vasto da sua atuação, que não se confina à mera observância dos casos mediáticos de segurança pública.

Aliás, a forma mais errada de abordar as questões relacionadas com a segurança, na sua mais ampla conceção, é a de a confinar apenas à atuação em resultado do alarme público, causado por esta ou aquela ocorrência. O ideal é prevenir, antecipando tendências, promovendo pequenos passos sectoriais e melhorias sistémicas e constantes, na prospetiva do tempo futuro. Antecipar é prever e gerir é decidir!

É sempre mau quando os agentes políticos com responsabilidade, neste caso ao mais alto nível do Município, têm devidamente instalado o respetivo Conselho Municipal de Segurança, após anos de moções aprovadas e, durante mais de um ano não se lhe dá o respetivo andamento, para que possa fazer o trabalho que lhe compete, nos termos em que a Lei, há muito o define.

Recordo as comissões permanentes decididas de criar, em 2015, as quais nunca reuniram, foram as relacionadas com a:

- Prevenção da toxicodependência e de outras, com elevado potencial criminogénico / atividades de inserção social;

- Prevenção de atividades sociais e apoio a tempos livres / segurança escolar;

- Violência doméstica;

- Segurança rodoviária;

- Segurança pública.

Em abono da verdade o requerimento em questão foi devidamente respondido, no início de novembro, informando da intenção de reunir a respetiva comissão. Espero como membro deste Conselho Municipal de Segurança, que o mesmo possa desenvolver os trabalhos para os quais foi formado e cuja tomada de posse se deu, tal como a lei define, perante a Assembleia Municipal, há mais de um ano e meio.

Esperemos que se possam desenvolver os trabalhos, antes que mais algum problema com impacto mediático surja e assim, perturbe a missão, de que já poderiam existir resultados para bem do Concelho de Tomar.


Luis Ferreira, membro do Conselho Municipal de Segurança de Tomar

19.12.16

Parque de Campismo de Tomar fechado porque apeteceu

O Parque de Campismo Municipal de Tomar está encerrado, desde o passado dia 1 de dezembro.

Tenho estado atento, há meses, para ver o que a coisa iria dar.

Esperei que o bom senso pudesse imperar e que, apesar de todas as pressões, com vários anos aliás, para o encerramento do Parque de Campismo de Tomar, não surtissem efeito.


Sempre esperei que os responsáveis municipais que, ao fim de três anos já não têm a desculpa da inexperiência, percebessem que deixar de ter um Parque de Campismo em Tomar, localizado no centro da cidade, seria um disparate sob todos os pontos de vista, a começar pelo económico, para a própria autarquia, pela indução de marca que isso faz no território e pelas receitas que este gera e poderia gerar muito mais.

Acho que sou insuspeito para falar sobre a gestão desta infra-estrtutra municipal, uma vez que no decurso do pouco mais de um ano que tive a responsabilidade política do gerir, entre outubro de 2009 e novembro de 2010, além de ter provido à criação do site www.campingtomar.wordpress.com, ter garantido a instalação de rede wi-fi disponível gratuitamente para os campistas, a colocação de assadores para churrascos, pia para deposição de cassetes de auto-caravanas, máquinas de venda automática de bebidas e comida, máquinas de lavar roupa e de secar, promovi também pequenas obras de adaptação e melhoria da sala de convívio junto à receção e a instalação de sistema de faturação na mesma.


Deixámos, a equipa que liderei em 2010-11, um espaço agradável, promovido através dos instrumentos tecnológicos existentes e a aquisição de bicicletas para aluguer, veio posteriormente já no atual mandato no início de 2014, a estar disponível também no Parque de Campismo.

Enfim. Procurou-se trazer o Parque para o sec.XXI, apesar de todas as resistências que sempre encontrámos. Claro que dá trabalho fazer horários e gerir os recursos humanos, sempre escassos - especialmente nos últimos anos com a impossibilidade de contratar a que a administração pública esteve sujeita.

Claro que eram necessárias mais um conjunto de pequenas obras, de melhoria do edifício das Piscinas e talvez a criação de uma zona de convívio, com restaurante, no edifício do Joaquim ervilha, que dá para o Parque. Claro que logo em 2014 se poderiam ter adquirido bungalows para nessa zona (Este) do Parque terem sido instalados, melhorando e modernizando assim a oferta, claro que a zona de descarga de cassetes das auto-caravanas poderia e deveria ser aumentada, face ao cada vez maior numero de acesso destas viaturas a Tomar.

Claro que já deveria ter sido proposto a proibição de estacionamento, no espaço urbano da cidade de Tomar o parqueamento deste tipo de viaturas. Claro que muito coisa deveria já ter sido feito, se houvesse efetiva intenção de investir o Parque de Campismo, olhando para ele como uma oportunidade para o crescimento do Turismo em Tomar e não como uma "chatice"...

O Parque de Campismo de Tomar, detido pelo Município, nessa localização há dezenas de anos, precisava de melhorias, mas isso não justificava NUNCA o seu encerramento. Ainda por cima com a esfarrapada desculpa que o Plano de Pormenor não permitia a sua existência. Nada de mais falso.

Os Planos de Pormenor não constituem impedimento à existência do que quer que seja, que esteja já construído e a funcionar. Assim o é com qualquer indústria, comércio ou residência que se localize na abrangência de uma zona abrangida por um Plano de Pormenor. Senão, cada vez que se aprovasse um Plano de Pormenor, todas as casas aí existentes e em dissonância com o aprovado teriam de ser "arrasadas" e de imediato construídas outras no seu lugar. Um Plano de Pormenor é isso mesmo: um Plano para o futuro! E que determina para o futuro. Para quando se quiser fazer algo mais. Para quando se quiser ampliar algo mais.


Assim que fique claro: o Parque de Campismo foi fechado, porque o quiseram fechar. Não porque o Plano de Pormenor o obrigasse a fechar.

E isso mesmo caros, foi um perfeito disparate.

Disparate igual ou parecido, com o encerramento do Mercado Municipal em 2011 ou com o encerramento do parque infantil a 19 de janeiro deste ano, durante mais de 10 meses. A ASAE tem de facto as costas muito largas.

Links:
Blog de 2010
Facebook do Parque de Campismo 

13.12.16

Há 100 anos tentativa de golpe de Estado - a favor da não entrada de Portugal na Guerra na Europa, saiu de Tomar

Quarta-feira, 13 de Dezembro de 1916
Revolta militar encabeçada por Machado Santos

Encabeçando forças militares que aguardavam o embarque para o teatro de operações em França, Machado Santos sai de Tomar em direção a Abrantes. Seria preso no dia seguinte e levado para bordo do "Vasco da Gama".

A insubordinação militar verificou-se também na Figueira da Foz e em Castelo Branco. A ideia era cercar Lisboa, a partir de Tomar. Publica-se um falso número do "Diário do Governo", com a demissão do Ministério e a nomeação de um outro, da presidência de Machado dos Santos. O estado de sítio é declarado.

O motim fez atrasar o embarque do Corpo Expedicionário Português [que estava em treinos, havia um ano no campo militar de Tancos - criado propositadamente para este efeito, e liderado pelo tomarense Tamgnini de Abreu],  para França e originou a substituição dos oficiais implicados no levantamento. Em consequência o CEP perdeu três comandantes de Brigada e dois Coronéis que passaram à reserva


Bibliografia:Afonso, Aniceto e Carlos de Matos Gomes, (2010), "Portugal e a Grande Guerra, 1914 - 1918", Lisboa, 1ª ed., QUIDNOVI, (ISBN:978-989-628-183-0)
Henriques, Mendo Castro e António Rosas Leitão, (2001), "La Lys - 1918 - Os Soldados Desconhecidos", 1ª ed., Prefácio. (ISBN:972-8563-49-3)


Extratos da Ata da Câmara dos Deputados, a 14 de dezembro de 1916, onde foi declarado o Estado de Sítio (por um mês):













10.12.16

Várzea Grande: A aposta em requalificar sem reduzir estacionamento


REQUALIFICAÇÃO DA VÁRZEA GRANDE

Desde há dezenas de anos que a Várzea Grande carece de uma intervenção requalificante, que lhe permitisse vários usos.
No início deste mandato foi decidido, em reuniões conjuntas dos autarcas eleitos pelo PS e, posteriormente, em reuniões de coordenação política entre o PS e a CDU, que seria neste mandato que finalmente se acabaria com o mar de pó aí existente, desde sempre.

Chegou a haver, inclusive a ideia de deslocalizar o mercado semanal do estacionamento do Mercado Municipal, para este espaço.

Uma das abordagens realizada apontava para este desenho (2015), o qual apenas interviria no piso, que permitiria um uso misto - de estacionamento, feira semanal e feira anual, com a colocação de uma grande ilha ecológica junto ao interface rodoferroviário, mas não alteraria as vias de circulação atualmente em uso, nem no enquadramento arbóreo atual. Uma intervenção light, que custaria cerca de 400.000€.




Posteriormente, já no decurso deste ano, seguiu-se outra abordagem, aumentando a área de intervenção, reativando-se a criação do parque de estacionamento para autocarros e realinhamento de toda a via norte do atual Palácio da Justiça, com profunda intervenção no recoberto arbóreo e com a alteração da via oeste (junto ao Convento de S.Francisco) e criação e uma rotunda em frente à Estação - com relocalização da Estátua ao Soldado Desconhecido, o que implicará sempre um acordo coma Liga dos Combatentes, uma vez que foi por iniciativa desta e por subscrição pública que a mesma aí foi colocada. Em média as hipóteses avançadas, implicarão um investimento superior a 1 milhão de euros.


I. ENQUADRAMENTO MORFOLÓGICO, HISTÓRICO E SOCIOLÓGICO
(breve respaldo histórico de enquadramento)
Desde a fundação de Tomar até aos nossos dias este rossio manteve a designação de Várzea Grande, apesar de retalharem sucessivamente o extenso retângulo, transformando-o num hipotético quadrado.
Deram-lhe vários nomes que nunca perduraram. Basta recordar alguns deles: Largo Conde Ferreira em 15 de Outubro de 1891, Largo do Conselho Hintze Ribeiro em 28 de Dezembro de 1901, Largo Cândido dos Reis em 10 de Outubro de 1910 e, mais recentemente, Largo 5 de Outubro. Cenário de vários acontecimentos históricos, foi sempre local de feiras e de paradas militares.
Após 17 de Julho de 1562, quando o Principal da Ordem obteve licença régia para o efeito e a Câmara cedeu o terreno para a construção do convento na Várzea Grande. O Cardeal D. Henrique, que era, ao tempo, Mestre de Ordem de Cristo, opôs-se, alegando que a Várzea era também propriedade da Ordem.
Gera-se grande polémica entre a Câmara da Vila e o Convento de Cristo, pois este último considerava-se dono de parte da Várzea Grande. Tendo sido necessário a intervenção energética de Filipe III em 15 de Maio de 1624, que resolveu a favor da Câmara mandando colocar um padrão a atestar a sentença dada, a favor do povo de Tomar.
Em 1783 nos Livros dos Acórdãos Camarários, diz-se que o «Rossio da Várzea Grande do Povo desta Vila é um dos mais nobres que há por todas as vilas e cidades do Reino, dado pelos Monarcas deste Reino, para o recreio deste Povo.»
Pinho Leal no seu «Portugal Antigo e Moderno» (1873) escreve, com algumas imprecisões: «Várzea Grande – onde desemboca a estrada real de Lisboa. Tem 2 km de circunferência. Cultivada e o resto tapetado de relva, sempre verde, é sombreada por uma fresca alameda de frondoso arvoredo. É também adornada com elegante cruzeiro, de primorosa escultura. É monolítico sobre degraus, com as armas de Portugal e no seu fastígio de uma cruz sobre esfera armilar, empresa (emblema) do rei D. Manuel que mandou construir».
II. MOTIVOS QUE JUSTIFICAM A INTERVENÇÃO
A requalificação surge da necessidade de recuperar o espaço, enquanto espaço colectivo, convertendo-o em espaço de socialização, ponto de encontro da população local, palco de acontecimentos diversos, com equipamentos que potenciem novos usos, espaço este capaz de aumentar a auto estima das populações que o utilizam. E também por neste espaço e na sua envolvente estarem concentrados vários monumentos classificados e de grande importância histórica.
III. CRITÉRIOS GERAIS E OBJECTIVOS DA INTERVENÇÃO
Afirmar este espaço como público, de acesso a todos os habitantes, eliminando as barreiras arquitectónicas que contribuem para um espaço de exclusão, dotar toda a área de um ponto de encontro por excelência, valorizando as estruturas espaciais contribuindo na garantia e procura de melhores condições de acessibilidade, de mobilidade, de ambiente urbano e de integração paisagística; destacando os monumentos históricos e outros elementos construídos, dotando este espaço de infraestruturas adequadas á sua vivência permanente, tais como percursos pedonais, troço da ciclovia urbana, mobiliário urbano, áreas verdes tratadas, assim como:

• Contribuir para requalificar o espaço colectivo, reforçando a unidade com os restantes sistemas espaciais existente na malha urbana, nomeadamente numa nova solução de pavimentos que integre uma equilibrada articulação de materiais de revestimento, adequados aos diferentes propósitos de funcionamento;

• Criar uma identidade colectiva e uma imagem forte e facilmente integrável no sistema de identidade do concelho de Tomar;
• Apresentação de soluções tipológicas e construtivas que introduzam qualidade ao espaço público;
• Definição de opções que estabeleçam um ordenamento funcional, hierarquizando o espaço e suas utilizações;
• Introdução de equipamentos capazes de incrementar novos usos dos espaços (exemplos:paragem de autocarros de turismo, largo da Igreja S.Francisco, paragem de táxis, etc);
• Possibilidade de introdução de elementos urbanos e escultóricos capazes de criar identidades de referência, contribuindo para a construção de factores emotivos que potenciam a apropriação do espaço;
• Introdução e/ou melhoramento de infra estruturas urbanísticas;
• Introdução de equipamentos de iluminação pública com soluções de excelência, adaptados aos distintos casos específicos;
• Introdução de uma nova estrutura verde que integre espaços relvados, colocação de novos elementos arbóreos e arbustivas de modo a garantir uma melhor integração e valorização paisagística e de ambiente urbano local.
IV. PROGRAMA DA INTERVENÇÃO
A obra define uma intervenção global com critérios gerais unificadores de toda a intervenção, não deixando de apresentar soluções específicas para cada tipologia de espaço, no que diz respeito a soluções formais, técnicas e funcionais. As soluções a desenvolver responderam aos objectivos pretendidos e aos critérios adoptados face ao local intervencionado e ao seu contexto histórico, morfológico, formal e social, tendo sempre em consideração a necessidade de manter o projecto dentro dos limites orçamentais propostos.

Considera-se esta, uma obra fundamental para afirmar a estratégia de reabilitação e regeneração adoptada pelo Município.
A proposta sugere as seguintes medidas de intervenção:
a) criação de zonas de estacionamento organizado;
b) remodelação integral do pavimento e do perfil dos arruamentos;
c) criação de zonas de percursos pedonais ao longo das linhas arbóreas;
d) colocação de linhas arbóreas novas e reforço da arborização existente, assim como de áreas verdes;
e) implantação de mobiliário urbano diverso, bancos, papeleiras, bebedouros e dissuasores de trânsito, etc;
f) implantação de sinalética de tráfego, orientação, institucional e toponímia;
g) criação de percurso quer a poente como a nascente em lajedo de pedra, que remete para a imagem passada e atual do terreiro;
h) criação de uma placa circular em frente do edifício da estação da CP que contempla a relocalização do monumento ao soldado desconhecido criando um foco de destaque;
i) criação de uma paragem de táxis coberta, com informação turística, bem como uma zona de tomada e largada de passageiros;
j) formalização de um adro em frente da Igreja de São Francisco que servirá de zona de recepção a este espaço, reforçando e valorizando o monumento no cartaz turístico e cultural do concelho;
l) redefinir o eixo da via perpendicular à Igreja de S. Francisco, procurando enaltecer o monumento e integra-lo na requalificação global da Várzea, prevendo o realinhamento da via frente ao Tribunal, esta via terá dois sentidos de tráfego,
m) instalação de um balcão de apoio á informação turística junto da paragem de autocarros de turismo;
n) remodelação e requalificação dos espaços verdes situados em frente ao museu.
o) instalação de uma unidade de sanitários públicos e de um Posto de Transformação para satisfazer as necessidades dos futuros eventos a realizar neste espaço;
p) remodelação da iluminação pública, com tipologia actual e adaptada ao uso;
q) colocação de 2 ilhas para recolha de lixos em locais estratégicos;
r) instalação de uma área para carregamento de viaturas eléctricas;
s) correção da rede de drenagem de águas pluviais, esgotos domésticos, infraestruturas elétricas e de águas, que colidam com a área de intervenção;
Parque de Autocarros de Turismo - onde foi em tempos a Messe Militar
Deste estudo, de 2016, destacavam-se 3 hipóteses de intervenção:
1ª Hipótese
Prevê o aproveitamento da placa central da Várzea Grande para estacionamento automóvel de viaturas ligeiras, em paralelepípedos de pedra calcária afastados entre si para que possibilite a existência de um relvado de sequeiro no intervalo e simultaneamente possibilite a colocação de elementos para futura amarração de equipamentos por ocasião da feira anual sem danificar ou levantar a base do pavimento.
Esta solução faculta a existência de uma vasta área de estacionamento, com acesso e saída controlada. Pese o facto de que necessitará da existência de manutenção e controlo sobre o trafego de viaturas ou equipamentos que posteriormente venham a pretender utilizar este espaço.
Para as viaturas de autocarros de turismo, propõe-se o seu estacionamento no espaço anteriormente ocupado pela Messe Militar, efectuando-se a sua saída pelo adro na frente da igreja de S. Francisco.
2ª Hipótese (a apresentada nas imagens aqui publicadas)
Esta hipótese remete-nos de grande forma para o previsto na primeira hipótese, com execpção da retirada de estacionamento junto ao Pelourinho e o respetivo tratamento de uma faixa ortogonal em lajedo de pedra semelhante à prevista na frente da Igreja de S. Francisco, libertando o espaço e a enaltecer o monumento.
O espaço previsto para o estacionamento de autocarros de turismo torna-se mais acolhedor e inovador pela característica da sua forma. Impedindo qualquer uso na apropriação do espaço frente á igreja nas operações de saída.
Prevê-se a manutenção das árvores, bem como o seu reforço nos canteiros a Nascente e a Poente do Tribunal. Sendo que esse espaço além do percurso proposto seja na globalidade tratado.
3ª Hipótese
É previsto o tratamento do pavimento central da Várzea Grande, com um piso final á base de saibro compactado, sem qualquer uso de estacionamento. Ficando o estacionamento regrado em toda a área periférica da Várzea e arruamentos.
Esta solução permite enaltecer a Várzea Grande, remetendo-a para a Praça maior, elemento simbólico – histórico e cultural, o qual existente em apenas algumas cidades, facto que Tomar tem esse singular privilégio.
Enaltecendo quer o conjunto edificado existente, como a praça na sua globalidade. O Pelourinho terá uma base maior igualmente em lajedo de pedra remetendo-o para uma força e domínio maior sobre a praça. Fortalecendo a presença do edifício quer do Tribunal Judicial como do conjunto monumental da Igreja de S. Francisco.
A ladear a praça teremos o conjunto das linhas de árvores definindo os alinhamentos, a simetria e geometria da praça, como promovendo os sítios e percursos de estar e de passagem.
Para a área de estacionamento dos autocarros de turismo adotar-se-á o previsto na segunda hipótese.
Nesta hipótese prevê-se igualmente que nos canteiros a Nascente e a Poente do Tribunal judicial, as árvores sejam mantidas com reforço de mais uma ou duas unidades. Sendo que esse espaço além do percurso previsto seja na globalidade tratado.


NOTA FINAL
Estas são algumas das abordagens já realizadas, quer pelos serviços do Município, especialmente a equipa TomarHabita, mas também por equipas externas.

Em todo o caso, seria essencial que não se perdesse mais tempo, uma vez que a intervenção deveria ter avançado, segundo o que havia sido combinado com os autarcas socialistas, logo a seguir à Feira de Santa Iria de 2015. Com os atrasos sucessivos e,s e tal não avançar muito em breve, fica em risco a realização da Feira de Santa Iria de 2017.

Entendo como essencial que qualquer intervenção possa e deva garantir que não haja qualquer redução da oferta de estacionamento atualmente existente, uma vez que sendo este local uma grande porta de entrada da cidade, paredes meias com o centro histórico, deve ser de garantir um nível de oferta de estacionamento na casa dos atuais 400 lugares, gratuitos, porque fora das zonas de estacionamento tarifado, aprovados neste mandato na Assembleia Municipal.


(atualização de janeiro de 2018)

Leia também a abordagem à discussão pública do projeto final.

7.12.16

Foi há seis anos que um Tornado F3 atingiu Tomar

Terça-feira, 7 de dezembro de 2000, 14H25


Apesar do estado do tempo não o atestar, dados os quase primaveris dias que temos tido, estamos na época natalícia. Este tempo invoca-nos especialmente para darmos atenção à família, para nos lembrarmos mais dos valores que, TODOS OS DIAS, deviam estar presentes na nossa prática. Desde logo o valor da liberdade, pois todos os homens nascem livres, nús literalmente do preconceito e dos dogmas, que depois a vida lhes incute e prende.

Também o valor da igualdade é de recordar, valorizando o respeito pelo outro, por todos os outros, sabendo que o outro do outro somos nós próprios.

E então, neste tempo de Festas, o valor da solidariedade, ou da fraternidade, ganha especial ênfase, uma vez que dando a nós mesmos o tempo para olharmos à nossa volta, descobrimos facilmente que podemos fazer sempre algo para melhorar a vida de quem nos rodeia.

Neste tempo por isso, os meus desejos vão para que saibamos fazer algo de bom, algo de belo. Que saibamos perceber que é TODOS OS DIAS, que devemos ser FRATERNOS, promovendo a IGUALDADE e sabendo guardar a LIBERDADE.

Seis anos depois do grande Tornado que atravessou o nosso Concelho e, onde também aí soubemos ser solidários, recordemos e trabalhemos para um 2017 melhor e mais JUSTO.
Porque Tomar é de todos.

[Nota do dia, hoje transmitida pela Rádio Hertz, depois dos noticiários das 13H e das 19H]

4.12.16

Nabão poluído por ETAR do concelho de Ourém

Poluição volta a Tomar, depois de anos ausente.
Um erro a construção da ETAR de Seiça - mas efetivamente construída no concelho de Tomar, na freguesia da Sabacheira, ao abrigo dum protocolo assinado entre os Municípios de Tomar e de Ourém.
Sem controlo, nem fiscalização, um dos rios com melhor qualidade, objeto de muito turismo natureza, no troço entre o Agroal e a cidade de Tomar, o Rio Nabão está em risco.

https://www.facebook.com/aqua.tomar/videos/1336556623061068/

30.11.16

Os Homens também choram

A Assembleia Municipal de Tomar, na sua última reunião realizada no passado dia 18 de novembro, aprovou por esmagadora maioria, apenas coma abstenção do PS, a moção por mim apresentada, referente ao reconhecimento da integração do apoio às vítimas de violência doméstica, no contexto das políticas municipais.


A moção levantou ainda a hipótese, a ser estudada, de se poder instalar em Tomar um “Gabinete de Apoio à Vítima”, eventualmente em parceria com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), uma vez que os únicos gabinetes existentes na região centro se encontram em Santarém e em Leiria. 


 Longe vão os tempos em que o preconceito sintetizado do “entre marido e mulher, ninguém mete a colher”, numa assunção de que o que se passava no contexto da vida comum e privada entre duas pessoas, era do exclusivo foro privado, assunção jurídica cada vez mais ultrapassada, uma vez que os crimes associados à violência doméstica são hoje crimes públicos, cabendo a qualquer cidadão alertar as autoridades policiais e judiciais para o conhecimento de factos que possam desencadear a respetiva investigação, não estando apenas dependentes de queixa apresentada pela vítima.

Esta evolução da sociedade, na perceção e desenvolvimento jurídico até da sua extensão, para lá da fronteira do casal, antecipando a eventual existência de crimes de violência doméstica ao namoro e prolongando-o para depois do fim das relações e separação efetiva dos namorados ou casais, visou dar proteção jurídica aos cidadãos (mulheres e homens) que, de alguma forma, pelas relações conjuntas que vivem ou viveram, se acham ou acharam em risco – físico ou psicológico.

Cada vez mais hoje, fruto da felizmente cada vez maior presença da mulher em profissões e funções de liderança e poder na sociedade, demonstrando que o anátema de séculos da sua subjugação ao homem, por razões sociais, políticas e muitas das vezes religiosas, estava não só errado, como prejudicava a sociedade no seu todo.

Assim, a adaptação a esse novo papel da mulher, concretizado apenas em Portugal há uma geração, não foi isento do surgimento cada vez mais de violência doméstica exercida sobre os homens, mais 15% só nos últimos dois anos, segundo dados e estudos da APAV, no contexto das relações de cada vez maior desnivelamento de poder existente entre as suas companheiras e eles próprios. 

Quando falamos de poder, falamos de riqueza, de remunerações, de contextos familiares em que o papel do homem, por questões de nascimento ou profissão detida, não segue o “padrão” tradicional. Hoje são cada vez mais os casos em que é a mulher que ganha mais, que tem mais riqueza e protagonismo social, que exerce profissões “mais nobres” e isso, além da detenção natural do seu insubstituível papel na procriação, leva a que cada vez mais homens se afirmem e se queixem de violência doméstica, isto apesar da “vergonha” que têm ao fazê-lo, ainda segundo estudo realizado pela APAV.

Este fenómeno da violência das mulheres sobre os homens, essencialmente de cariz psicológico, em permanente aumento estatístico, não escamoteia a ainda preponderante existência de violência contra as mulheres, especialmente de cariz físico, com sevícias que infelizmente em muitos casos acabam por ser mortais. A violência não tem assim, cada vez mais, um único sentido e se a exercida sobre as mulheres é essencialmente física, aquela a que os homens estão sujeitos é de cariz essencialmente psicológico e de condicionamento social.

Estranha-se assim, que a bancada do PS na assembleia municipal de Tomar, não tenha com o seu voto favorável acompanhado o esforço proposto de reconhecimento desta importante matéria, também no seio do Município. Diria mesmo, como dirigente concelhio e distrital que sou desse partido, ser absolutamente lamentável que em Tomar, em pleno sec.XXI, um Partido como o PS, através dos seus autarcas, não consiga separar o trigo do joio, deixando de estar focado na árvore, vendo a floresta e dessa forma, não tenha conseguido valorizar o papel da vítima, independentemente do sexo de nascimento. 

 Ao fazê-lo da forma e no momento em que o fez, o PS tornou-se conivente com uma estratégia de vitimização, encetada desde há largos meses pela sua presidente, como se tal fosse necessário para valorizar o já longo e profundo trabalho realizado, especialmente nos dois primeiros anos da sua gestão autárquica. Ele há silêncios na vida pública e fugas à realidade que, parecendo úteis a curto prazo, acabam por ser mortais a mais longo prazo. Em política não pode, não deve, valer tudo e tal como diz o povo : “tão ladrão é o que vai à vinha buscar as uvas, como aquele que fica na estrada a ver”.

A bem de todas as vítimas de violência doméstica, esperemos que o bom senso possa imperar e que os nossos autarcas municipais, agora rejuvenescidos com mais arejados protagonistas, saibam fazer o caminho justo para a instalação em Tomar, de um Gabinete de Apoio à Vítima, mulheres e homens dele necessitados.

Sim, porque apesar de muitas vezes isso ser mal visto e para os próprios constituir ainda uma vergonha, os homens também choram. E muito!

28.11.16

44% DAS PROPOSTAS ELEITORAIS DO PS JÁ CUMPRIDAS EM TOMAR (40% NOS PRIMEIROS DOIS ANOS)


Nota do dia, na Rádio Hertz (FM92 e 98) na quarta-feira, dia 23 de novembro de 2016
Para ouvir carregue aqui

Agora que já passaram os três anos da atual gestão municipal, é o momento de nos quedarmos uns minutos para analisarmos o já longo caminho percorrido, pela gestão da mudança anunciada e, em parte, já concretizada, especialmente nos dois primeiros anos, uma vez que este último, bem, este último é um pouco para esquecer.

O objetivo inicial era o de construirmos um Concelho mais atrativo e com melhores oportunidades para residir, trabalhar e investir.

Para que estes objetivos fossem alcançados era assumido como necessário uma atuação em várias frentes de trabalho.

Desde logo, uma reorganização dos serviços da autarquia e uma adequação dos regulamentos municipais à realidade do nosso Concelho e que se afirmassem como instrumentos potenciadores e não redutores do desenvolvimento de Tomar, o que foi feito.

Dizia-se estarem neste domínio, a busca ativa e permanente de novos investidores, a articulação estreita com os investidores já instalados, a criação da via verde para o investidor, a implementação do gestor de negócios municipal, a descentralização de competências do Município para as freguesias, o que em grande medida já foi concretizado, pelo menos até 2015.

Poupar no funcionamento para investir no Concelho, o que orçamento após orçamento foi concretizado, sendo o deste ano o menor dos últimos 15 anos.

Assumia-se então que para a resolução de problemas como o Parqt, do mercado municipal, do museu da levada, da habitação social e para modernizar a frota de viaturas dos bombeiros, era para onde iriam os principais recursos e preocupações da gestão, em parte concretizada com é público, especialmente através da renegociação dum conjunto de contratos e participações do Município.

A isso se somaria a necessidade de redução do endividamento, da sustentabilidade ambiental e energética, que com a escassez de recursos públicos, nos conduziu a um novo paradigma, caracterizado pelo repovoamento dos núcleos urbanos, instando-nos na reutilização de espaços devolutos, especialmente os detidos pelo Município, a rentabilização de equipamentos, enfim a regeneração urbana.

Era esta também, assumida como uma importante frente de trabalho. A obrigação, assumia-se então, era a de preparar o Concelho para o futuro, através da mobilização do financiamento comunitário, o que só neste ano e no próximo, se irá começar a sentir.

Em concreto, hoje 44% das cem medidas preconizadas no programa eleitoral do PS estão já concretizadas, apesar da sua quase totalidade (40%), ter acontecido nos dois primeiros anos.

Que se passou então? Que falta de vontade, equilíbrio, saber ou rasgo, de repente assaltou os nossos governantes? Pelos acontecimentos mais recentes, é notório que há sempre um limite inultrapassável, o qual sem energia, capacidade e estratégia, fica o mesmo depressa atingido, diria mesmo esgotado. E isto apesar da ajuda do deputado Tomarense Hugo Costa.

Longe vai o momento, em que se assumia, serem estes também tempos que exigiam que todos e cada um, pudessem assumir as suas responsabilidades com clareza e coragem. Nestes tempos difíceis, dizia-se a 17 de outubro de 2013, era preciso saber juntar os melhores para evitar o pior.

Porque Tomar é de TODOS, especialmente depois de 2015, com a permanente roda bota fora, viu-se!
Que tem ganho o concelho com o que se tem passado?


Post Script

A entrada da nova vereadora Sara Costa, a jurista e advogada estagiária na Legal Trust (segundo noticia do Tomar na rede), de 27 anos, representa uma oportunidade de ouro para que termine em definito o tempo perdido durante praticamente todo este ano.

O cumprimento das metas definidas  e contidas nas 100 propostas eleitorais do PS (consultar aqui), são a melhor forma de demonstrar que afinal não só é possível ganhar eleições sem estar preso a nenhum lobbie ou interesse particular - como foi conseguido pelo PS em 2013, como o que é prometido é de facto cumprido.

Claro que ninguém espera que as deficiências detetadas durante os últimos anos - em parte públicas pelo que já escrevi e disse, mas muito especialmente por aquilo que o ex-vereador Rui Serrano informou aquando da entrega dos pelouros no final de agosto, possam ser de um momento para o outro ultrapassadas. Há quem diga que burro velho não aprende línguas, mas otimista como sou, acredito ser possível que, com bom senso e humildade, há sempre forma de TODOS melhorarem o que fazem.

E ao fim de três anos, os que restam (do executivo municipal e do gabinete de apoio) decerto aprenderam muito e isso, como diz Miguel Guilherme na sua crónica diária na TSF, "não é mau"!
http://tomar2013.blogspot.pt/p/candidatos.html


26.11.16

Amigos do Aqueduto neste sábado em mais uma iniciativa de limpeza


É neste sábado que, mais uma vez, iremos ajudar a recuperar o nosso património, de forma solidária, voluntária e animados da maior vontade de fazer bem.

24.11.16

Demissão de Serrano - FAZER TUDO MAL FEITO


Artigo de opinião publicado no Jornal "O Templário"

O estado maior socialista de Tomar – de Cristóvão à Anabela, deve estar por estas horas rejubilante de autossatisfação, pela demissão do anterior vice-presidente da Câmara, Serrano. É o roda bota fora perfeito, de quem não vê, porque não sabe, que a política não se escreve no curto prazo e que os fins não justificam, nunca, os meios usados. Serrano percebeu, tarde demais, ser a marioneta perfeita e útil, às mãos de quem nunca quis que a gestão da mudança, prometida e ainda por concretizar, fosse efetivamente implementada em Tomar.

Quem governa a medo e pelo medo, só pode esperar morrer pelo medo. A História não regista os fracos, mas sim os que com coragem apontam e fazem o caminho. E em Tomar, a estratégia seguida, afunda a comunidade nas contradições das incapacidades latentes e cada vez mais evidentes dos seus gestores públicos.
Serrano não era perfeito, mas era à entrada do mandato o único eleito, tirando eu próprio, que sabia da poda. Tinha uma visão diferente, tinha nível e pensava fora da caixa. Tudo características demasiado perigosas, numa macroestrutura avessa a pensar e a gerir com transparência e que, ao longo do tempo, demonstrou ser incapaz de liderar qualquer processo de afirmação e Tomar no contexto regional e/ou nacional. Tomar deixou de contar. Infelizmente.

No momento em que escrevo não sei quem substitui Serrano, nem isso importa. Agora, uma oportunidade se abre, para um de dois quadros do PS há muito preparados para o exercício de funções públicas: a advogada síndica da Câmara, Anabela Estanqueiro ou o atual chefe de gabinete, Dr. Virgílio Saraiva. Só a opção da promoção do atual chefe de gabinete não comporta riscos, para o envolvido ou para a organização. Anabela Estanqueiro é, há muitos anos, a sombra política de Anabela Freitas, nunca tendo sido por si apoiada no seu percurso político, por motivos óbvios. Participar na primeira linha de uma estratégia mal desenhada e com resultados demasiado incertos, seria hipotecar o futuro, porque ele precisa dos que sabem e contam.
Alguém imaginava, há apenas um ano atrás, que a gestão da autarquia de Tomar pudesse estar envolvida em tamanha confusão?

Pois. Alea iacta est (os dados estão lançados).

22.11.16

Uma mentira repetida pode parecer verdade, mas não deixa de ser mentira

1ªparte

Anabela Freitas até podia ser a melhor mulher e mãe do mundo. Até podia ser a mais perfeita das criaturas à face da terra. Até podia ser a mais empenhada e melhor política que Tomar tivesse visto nos seus dias. Até podia ser o que procura, confrangedoramente parecer, ...
 
Poder podia, mas não era a mesma coisa.
 
Não contente com o que já disse publicamente, com a continuação das ameaças, veio a coberto do seu aniversário - ontem passado,  fazer-se passar novamente por vítima, convencida que o facto de repetir vezes sem conta a mesma mentira, a transforma em verdade.
 
Sim. Anabela Freitas apresentou queixa por violência doméstica contra mim e a mesma foi arquivada. Fê-lo, apenas e só, porque não tinha forma de me "calar" e de conseguir que as divergências (naturais) que com ela tinha, sobre algumas das decisões que foram (e ainda são) tomadas na gestão do Município, não fossem do conhecimento público. Se houvesse o mínimo fundo de verdade na queixa que apresentou, decerto o Ministério Público teria prosseguido com a acusação ou, esta depois de arquivada a queixa, teria pedido a abertura do inquérito, ou seja, teria pedido para que a queixa fosse mais aprofundada.
 
Sim. A queixa foi arquivada!
Sim. Anabela Freitas, de forma puramente oportunista e movida por interesse político, apresentou queixa (falsa) contra com quem ela vivia há mais de dez anos, apenas para se vitimizar, convicta de que os meios justificam os fins.
 
O post que verteu para o seu perfil do facebook é ainda mais abjeto, ao tentar misturar a sua condição de mãe, numa situação em que nunca a situação do filho que comigo viveu dez anos estivesse em causa, conhecida que é o meu gosto e atenção que sempre dei ás crianças, e o acompanhamento que sempre fiz aos meus dois filhos e ao dela, sem qualquer distinção, são disso insofismável prova.


2ªparte
 
Não, Anabela. Em política não pode valer tudo.
Hoje podes ainda ir enganando muitos, obcecados pelo poder que muitos te ajudaram a ter, que mesmo com o processo arquivado, pelo facto de seres mulher, ainda acreditam em ti, como se fosse possível achar que alguém na tua posição, com os teus rendimentos, com o teu poder, pudesse alguma vez ser vítima de "coação" ou violência social, por parte do seu companheiro, sem qualquer poder, rendimento ou situação de ascendente de qualquer tipo sobre ti. Hoje, cada vez mais os papeis estão invertidos e tu és a prova de que o exercício do poder, sem ética, por parte de mulheres sem escrúpulos, é bem mais perigoso do que o exercido, nas mesmas condições, pelos homens.
 
Estás convencida que isso te rende votos? Parabéns.
Depressa perceberás que o poder, além de efémero, é demasiado volátil e não te servirá de escapatória ao encontro com a justiça e com a  verdade que, tal como o azeite, acaba por vir sempre ao de cima.
 
Publicação do facebook de Anabela Freitas, no dia do seu aniversário

P.S. - E agora que vais ter novo vereador em substituição daquele que não soubeste manter, nem aproveitar as capacidades que tinha, aproveita e melhora a tua prestação como presidente, depois deste último ano - quase - perdido... Deixa de te fazer de vítima e procurares arranjar desculpas. Faz isso por Tomar e pela dignidade do trabalho que fizemos, em conjunto, durante mais de dez anos.

18.11.16

Contentores de lixo continuam à vista junto à Rotunda

Desde o início deste mandato autárquico, especialmente até julho de 2015, foi feito um enorme esforço no sentido de retirar inúmeras estruturas velhas espalhadas por toda a cidade, tais como sinalética e postes desativados, painéis publicitários, cabines telefónicas, marcos de correio, etc.

O objetivo então traçado, era o de procurar melhorar substancialmente o espaço urbano, tornando-o mais habitável e fruível, não só para os residentes do Concelho, mas também numa perspetiva turística, com redução da poluição visual e investindo na colocação de sinalética/diretório turístico.

Houve assim o cuidado de proceder ao enterramento de um grande silo de deposição de resíduos sólidos urbanos, junto aos CTT, tendo ficado previsto realizar o mesmo com os vários contentores colocados em frente ao edifício Jacome Ratton (Instituto Politécnico), na Rotunda Alves Redol.

O tempo passa, mas os contentores ali continuam, produzindo um ruído visual, além de maus cheiros constantes, numa zona de elevada passagem pedonal, a qual deveria era estar ocupada por mais esplanadas que pudessem tirar partido da excelente vista que dali de tem da Rotunda, casa dos Cubos, Ruínas dos Estaus henriquinos e também da entrada da Mata nacional dos Sete Montes.

Até quando?

14.11.16

Anabela Freitas recorre à mentira para se tentar vitimizar

Todos fomos surpreendidos quando no decurso da passada quinta-feira, a edição on-line do jornal “O Mirante” revelava, aquilo que constaria na sua 1ª página da edição impressa desse dia, relativo a processos litigiosos entre a Presidente da Câmara Anabela Freitas e mim próprio, no contexto da nossa vida particular, na precisa semana em que fomos ambos notificados do seu despacho de arquivamento.
A fonte, segundo o mesmo Jornal, seria próxima da presidente e, nos motivos invocados para a sua divulgação, estaria a minha pretensa e auto-afirmada capacidade para liderar a autarquia, numa referência à minha entrevista dada ao Jornal “O Cidade de Tomar”, há cerca de dois meses, na qual aliás nunca afirmei tal coisa.
Habituado que estou à exposição e polémica pública sobre os mais variados assuntos, nomeadamente às minhas propostas, posições, afirmações e decisões políticas, seria para mim inimaginável que fonte próxima da presidente, tivesse o arrojo, diria mesmo a pouca vergonha, de trazer para a praça pública processos relativos à nossa vida particular. Ainda por cima, depois destes estarem devidamente arquivados, por manifesta falta de quaisquer provas, só se podendo concluir que quem o fez, o fez com o objetivo expresso de com isso, como é induzido de forma direta na própria notícia, me difamarem, tentando-me coagir a não continuar a exercer o meu direito à livre opinião.
Mas, como na análise de qualquer crime, teremos de avaliar a quem conviria tal fuga de informação.
Aí é notório que só à cidadã Presidente Anabela Freitas interessaria fazer-se passar por vítima, ainda por cima tirando partido da queixa (arquivada) de violência doméstica. Pois, apesar de a notícia com verdade esclarecer não se tratar de queixa por violência física, sendo apresentada por uma mulher, será sempre isso que a generalidade das pessoas irá ler e reter. E quem o fez, protegeu e promoveu, foi esse o efeito que pretendeu obter.
Aliás, esta notícia veicula a tentativa de vitimização, que já se vinha observando em recentes entrevistas da Presidente, às rádios e jornais, que acusava sem objeto, de saber quem eram os seus inimigos, etc, etc, …
Ora, em abono da verdade dos factos impõe-se saber que a queixa apresentada, que viria a ser arquivada, tinha por motivação a tentativa de me silenciar, tirando partido da ideia comumente aceite de que são as mulheres vítimas de violência, mesmo que psicológica e social, por parte dos homens, nunca sendo plausível que possa ser o oposto.
Acontece que neste caso, é mesmo o contrário de que se trata, pois quem deteve sempre o poder, real, financeiro e objetivo foi a mulher que acusa. Quem procurou anular um concurso legítimo da administração pública ao qual concorri, tendo-me obrigado a deslocar o meu local de trabalho para longe de Tomar, desde o início deste ano, foi a mesma mulher que posteriormente me veio acusar de violência doméstica.
É por demais evidente que, a violência de que fui acusado, e cujo processo o Ministério Público não encontrou motivos para prosseguir, de cariz psicológico e social (crime de coação), só podia ser exercido por alguém que detivesse o poder e os meios para o fazer, o que notoriamente era a Presidente e não eu. A vítima, como todos sabemos só pode ser a parte mais fraca, neste caso eu próprio, e nunca a parte mais forte. E se me mantive em silêncio sobre o assunto, conforme se perceberá, tal se deveu a que nunca é fácil um homem assumir que está a ser vítima de violência doméstica, mesmo na modernidade deste século.
O objetivo era assim outro bem distinto e, conforme a veiculação da notícia claramente transparece, apenas tinha óbvias motivações políticas, numa tentativa frustrada de procurar silenciar as minhas opiniões e ações, em parte diferentes e distintas das que vêm sido seguidas pela presidente e pelos vereadores.
A teoria parece ter sido a de que se não conseguimos que se cale, depois de lhe destruirmos a possibilidade de trabalhar em Tomar, lhe haveremos de destruir o resto da credibilidade a que ele se procurou guindar, ao assumir em entrevista, ser uma das duas pessoas melhores preparadas em Tomar para assumir qualquer função no Município de Tomar. Aliás, com o processo arquivado, só se pode mesmo tirar essa conclusão.
Assim, se conclui que a cidadã Presidente apresentou queixa por violência doméstica, que viria a ser arquivada, com base em acusações falsas, objetivamente intimidatórias e atentatórias da idoneidade da pessoa acusada, procurando assim difamá-la e coagi-la a não lhe causar ruído na sua legítima governação.
Se alguma dúvida houvesse, as suas declarações ao mesmo Jornal, quando acabou por ter de assumir que a queixa havia sido arquivada, foram no sentido de continuar, agora publicamente, a ameaçar que pediria a continuidade do processo, se os motivos que a levaram a promove-lo inicialmente não cessassem.
Honestamente nunca julguei que a demência do poder pudesse afetar tanto uma pessoa, à qual dei o meu empenho, trabalho e ajuda durante 11 anos da minha vida, para que pudesse, com sucesso, vir a ser tudo o aquilo que tem sido. 
Nada justifica tamanha mentira. 
Esta é apenas uma desesperada falsa tentativa de se vitimizar, com notórias motivações políticas, pois todos os factos de conhecimento público demonstram ser ela quem teve sempre a capacidade para impor a sua vontade, perseguir e coagir de forma regular e ostensiva pessoa que não concordou, nem concorda, com tudo o que diz, propõe ou faz, como é perfeitamente normal e usual na vida e na política.
Naturalmente agora que o assunto veio a público, a coberto de fonte próxima da presidente, não me restava outra alternativa senão a de publicamente denunciar esta situação: da cidadã Presidente Anabela Freitas ter recorrido à mentira para se tentar vitimizar. Quem assim age com quem vivia, imagine-se o que não tem feito e o que não será capaz de fazer com outras e com outros, que tenham opiniões não totalmente coincidentes com as suas, que tenham ou venham a ter o azar de se lhe atravessar no caminho.
O risco para todas e para todos é grande, demasiado grande, para poder ser ignorado.
E porque Tomar é de Todos, devemos estar avisados que há mesmo Lobos que se tentam travestir de Cordeiros, mas que não deixam de ser Lobos.