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2.8.16

Recordar o "Destaques do Concelho" de Setembro de 2011: Estátuas Vivas, Hospital e Alambor

Verão é sinónimo de boa ventura. Sem demasiadas preocupações, de arrumos e buscas ligeiras.
Tempo ótimo para, recorrendo às extensas notas que fui arquivando ao longo de muitos anos, recordar alguns episódios e ou temas que, em determinado momento histórico, foram vividos na primeira pessoa.
 
Hoje recordamos um programa de rádio, em que era um dos protagonistas a par com António Cruz, ao tempo deputado municipal eleito pelo PSD, que semanalmente havia na Rádio Hertz, às quartas entre as 18H00 e as 20H00.
 
O que há a recordar hoje é um programa de 14 de setembro de 2011, portanto com assuntos históricos de há quase 5 anos...
Diz o povo e é verdade: vale mais Cavalo que me derrube, do que Asno que me carregue...
 
Senão vejamos:
 
(entradas das minhas notas pessoais do dia 14/9/2011)

Temas em destaque durante a semana que mereceram o comentário durante as duas horas do programa:

- Entrevista a José Manuel Soares, da comissão de defesa do Centro Hospitalar do Médio Tejo, falando da concentração de serviços (então!) em curso na unidade de Abrantes, nomeadamente toda a esterilização e cuidados continuados (!), ficando Tomar com inúmeros espaços vazios e/ou desaproveitados;

- No âmbito desportivo falava-se então na inexistência de espaço para sede do histórico e dentro de poucos anos, em 2015, centenário clube União de Tomar;

- O II Festival das Estátuas Vivas tinha-se realizado, de 9 a 11 de setembro;

- Tinha sido realizada uma concentração em favor da recuperação e preservação do recém descoberto Alambor junto ao torreão norte do Convento de Cristo.



Julgo que os temas se comentam a eles próprios. Mas coloquemos mais estes:

- quanto ao Centro Hospitalar do Médio Tejo, 5 anos volvidos, a situação só piorou - tendo continuado a concentração de serviços em Abrantes, o enterrar de centenas de milhares de euros em obras, o afastamento dos utentes para outras unidades, nomeadamente a fuga de doentes dos dois concelhos mais populosos do Médio Tejo: Ourém e Tomar;

- O União de Tomar viria a ter entregue um espaço para sua sede, no antigo complexo-sede da Cooperativa Nabância, que o Município comprou à massa falida por cerca de 400.000€, que incluía a sua antiga sede, o café, diversas salas, uma cave - onde funciona o Centro de Apoio à Família (da Rede Social) e um Pavilhão. Mas passados quatro anos depois de ser cedido o espaço e de iniciado pelos serviços municipais o processo de constituição de propriedade horizontal, para autonomização dos espaços, tal continua por terminar...

- O II Festival Estátuas Vivas, nesse ano dedicado ao tema "de Viriato ao 25 de abril", foi financiado a 80% e no último ano a 85% por fundos comunitários, através da Rota dos Mosteiros Portugueses Património da Humanidade - entidade liderada ainda hoje por Tomar, que inclui ainda os Municípios de Lisboa, Alcobaça e Batalha. O projeto de suporte, autodenominou-se "Máquina do Tempo" e é uma parceria entre o Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria (ao tempo apenas do então existente agrupamento de Escolas D.Nuno Álvares Pereira). Do relatório apresentado para informação à Câmara Municipal de então destaco o seguinte trecho:

"... o evento pode ser consolidado nas primeiras edições, podendo autonomizar-se posteriormente. (...) parte do investimento realizado se reporta a material que poderá servir para futuras edições do evento. É o caso do material usado na exposição de rua, juntando-se o material já adquirido o ano passado no valor de 9533,74€, ao que este ano se juntou outro no valor de 5966,79€, sendo também o caso do merchandising, no qual se investiu este ano mais 1905,26€, tendo sido no ano passado 4744,41€ (...)
O investimento global realizado em 2011, foi de 89659,80€, sendo financiado a 80% pelo QREN com 71727,84€, cabendo assim ao Município a verba de 17931,96€"

Notas: parte do material referido encontra-se ainda arquivado na Casa dos Cubos, aguardando utilização e quanto à estratégia de continuidade do evento, lá para setembro voltaremos a falar do assunto;

- A parte de Alambor descoberto junto ao torreão norte do Convento de Cristo, fundação de antiga torre do Castelo Templário aí existente, no sec.XII, era na altura o grande cavalo de batalha do Prof. António Rebelo, conhecido bloguer tomarense e basicamente tratava-se de defender a sua preservação no local e descoberta e adaptação de um muro de suporte de terras para aí previsto, tendo sido proposto pelos vereadores do PS, onde me incluía, uma deliberação aprovada na Câmara Municipal nesse sentido. Volvidos estes anos, o Alambor lá está conservado, concluído o remate do muro e tudo está bem, pois acabou bem.

[Dada a importância dos temas deste programa em específico, voltaremos em futuros post a referirmo-nos a ele, durante o mês de Agosto]